Equipe médica retira sonda de Temer; presidente deve ter alta na segunda
A equipe médica que cuida do presidente Michel Temer realizou, neste domingo (29), um procedimento para a retirada de sonda. Temer está internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim da semana passada. Ele estava com uma sonda vesical, usado para coleta de urina, desde quarta-feira (25), quando o presidente passou mal.
Na última sexta-feira (27), Temer foi operado para a raspagem da próstata. A cirurgia foi feita para diminuir o tamanho da glândula e desobstruir a uretra.
O problema foi descoberto na quarta-feira, dia da votação da segunda denúncia contra ele na Câmara dos Deputados, quando o presidente foi internado no Hospital do Exército, em Brasília, após sentir-se mal. Na ocasião, foi constatada a obstrução urológica.
"O estado de saúde do Presidente é estável e a previsão é que ele tenha alta no início da tarde de segunda-feira", disse a Presidência em nota divulgada neste domingo.
O urologista Miguel Srougi, da equipe que cuida do presidente, disse, no sábado (28), que Temer "estava em retenção urinária", relatando que o uso da sonda era desconfortável, e que ela precisava ser removida. "A [causa] mais provável, no caso dele, é que a próstata tenha voltado a crescer”, detalhou o médico.
Há sete anos, o presidente havia sido submetido a um procedimento para contornar o crescimento da próstata.
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Segundo seus médicos, o presidente, que tem 77 anos de idade, está bem clinicamente, mas o ideal é que ele repouse em casa, na capital paulista, no começo desta semana.
Neste domingo, ele recebeu a visita do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que é pré-candidato do PMDB ao governo paulista. Skaf contou que Temer lhe disse que estava "muito bem".
De acordo com o relato do visitante, eles não teriam conversado sobre política, mas apenas sobre "amenidades".
Problema atinge homens mais velhos
A internação de Temer deveu-se a um quadro de retenção urinária por hiperplasia benigna da próstata, ou seja, quando há um aumento natural da glândula (sem relação com o câncer de próstata), impedindo a passagem da urina pela uretra.
A próstata pesa cerca de 20 gramas e é responsável por produzir um fluído que compõe o sêmen. O crescimento da glândula é normal ao longo dos anos.
Entretanto, quando as células prostáticas invadem os tecidos vizinhos, a bexiga e a uretra ficam comprimidas e provocam o primeiro sintoma da doença, que é a dificuldade em urinar.
De acordo com levantamento do ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 25% das pessoas do sexo masculino com mais de 50 anos têm hiperplasia prostática benigna.
A partir dos 65 anos, o número cresce para 30% e, após os 80, a taxa é de 90%.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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