Quais são os votos dos presidenciáveis nas mensagens natalinas
Os políticos que já estão na corrida pela eleição de presidente da República em 2018 aproveitaram o período de festas para enviar a seus seguidores nas redes sociais discursos de esperança, mas acompanhados de um pedido de voto, implícito ou não, na disputa pela sucessão de Michel Temer (PMDB).
Os dois nomes mais citados em pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), desejaram mudanças de comportamento na sociedade. “Tenho certeza que, a cada dia de 2018, vamos dar novos passos para construir um Brasil com menos ódio, menos pobreza, e com mais harmonia, mais justiça e com uma vida melhor para todos”, disse o petista em vídeo publicado em seu perfil oficial no Facebook.
Já Bolsonaro gravou um vídeo ao lado de sua filha Laura, de seis anos. “Tenho certeza que, ao lado de Deus, nós seremos vitoriosos”, disse. “Não sabemos quem será, mas nós precisamos, e muito, de um presidente honesto que tenha Deus no coração e que seja patriota. O ano de 2018 promete. Juntos, mudaremos o Brasil.”
A ex-senadora pelo Acre Marina Silva (Rede) também publicou um vídeo nas redes e disse que “o ano de 2018 possa ser cheio de esperança, de um Brasil mais justo e melhor.” “Que a paz de Deus e o amor entre cada homem e cada mulher de boa vontade possa nos visitar nesse Natal e no ano de 2018.”
Os presidenciáveis tucanos, que devem se enfrentar em prévias no começo do ano que vem, prefeririam publicar mensagens acompanhadas de uma imagem. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu que a noite de véspera de Natal fosse “muito especial para todas as famílias.”
Já o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), indicou que as festas são um período de “renascimento de todos os sentimentos mais intensos e felizes”. “Desejo harmonia, paz e muito amor em todos os sentidos mais sinceros e fraternos.”
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), que pode ser o candidato da base aliada do governo Temer, optou por publicar um trecho do programa do seu partido transmitido por emissoras de rádio e televisão na última quinta-feira (21). Ele se diz muito confiante no ano que vem e que os brasileiros já começam a “dar a volta por cima.” “2018 será um ano muito melhor para todos. Juntos, vamos continuar no caminho do crescimento, da prosperidade e da justiça social.”
O vídeo mais inusitado foi da deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). Ela fez uma espécie de "amigo secreto" com assessores. Ela pediu que o partido tenha “a primeira presidente da República comunista.”
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também tentou inovar. Ele postou um vídeo em que aparece caminhando em um estádio aos gritos de “fora, Temer” e adicionou um texto. “Em 2018, estarei com a mesma garra e disposição para ajudar o Brasil a pensar e desenvolver projetos e planos para voltar a crescer. Todo este esforço, meu e de todos vocês, certamente nos devolverão a democracia e uma esperança por um futuro melhor.”
O senador Alvaro Dias (Podemos) disse que o Natal não é hora de fazer um balanço para “falar das dificuldades, do sofrimento, das decepções, da indignação e da revolta que tomou conta do Brasil neste ano.” “Mas eu acho que não é a hora. É hora de olhar para frente: paz, harmonia, fraternidade, amor, família. Vamos reviver a fé que se perdeu nas estradas da decepção.”
Um dos coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos, que pode concorrer pelo PSOL, apresentou uma mensagem escrita por um padre dizendo que “os eleitos ‘representantes do povo’ se curvam diante das exigências do capital e, despudorados, golpeiam seus representados.”
João Amoêdo, pré-candidato do Novo, aproveitou o Natal para dizer quanto poderia custar a ceia sem impostos. “[Eles] prejudicam principalmente os mais pobres, que, proporcionalmente, pagam mais tributos.” Foi a deixa para um argumento mais eleitoral: “que nos próximos natais tenhamos menos impostos. Por um país mais livre, onde todos possam chegar lá.” No vídeo, ele ainda fala de fim de privilégio para políticos, corte de despesas, redução da burocracia, governo focado, gestão eficiente de recursos e combate à corrupção.
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