Gleisi lê carta de Lula para militância: "continuo acreditando na Justiça"
A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), leu na noite desta segunda-feira (16) uma carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a militância que acampa no entorno da sede da Superintendência da PF em Curitiba desde que o petista foi preso, no dia 7 de abril (leia a íntegra abaixo).
A carta foi ditada por Lula a um advogado que o visitou nesta segunda-feira. A mensagem foi então repassada à senadora.
"Ouvi os recados e as músicas que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela existência e presença de vocês neste ato de solidariedade", teria dito Lula conforme mensagem lida por Gleisi.
Em seu texto, o petista afirmou ainda ter certeza de que "não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena: na hora que ficar definido que quem cometeu um crime será punido, e quem não, será absolvido".
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Lula ainda criticou o MPF (Ministério Público Federal) e a Operação Lava Jato, dizendo que continua desafiando-os a "provarem o crime que cometi".
“Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado”, teria escrito o petista.
Gleisi afirmou que vem se comunicando com Lula por cartas que são trocadas entre eles por meio de seus advogados. A senadora já requisitou à Justiça autorização para visitá-lo, mas ainda não houve decisão sobre o pedido.
Nesta terça (17), Gleisi deverá participar de uma vistoria marcada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado à sede da PF e às instalações onde Lula está preso. A visita foi autorizada nesta segunda pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal.
Leia a carta de Lula lida por Gleisi:
"Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade. Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido. Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava Jato, o Ministério Público da Lava Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi. Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado"
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