Comandante do Exército, Villas Bôas é internado em hospital de Brasília
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi internado na manhã desta quarta-feira (25) no hospital Santa Helena, em Brasília. Segundo a assessoria da instituição particular, ele deu entrada às 6h.
Segundo o Exército, o comandante realizou “procedimento gástrico eletivo” e terá alta nesta quarta, retornando ao trabalho nesta quinta-feira (26). Não foi informado se o procedimento tem relação com a doença neuromotora de Villas Bôas.
De acordo com fontes ouvidas pelo UOL, o compromisso médico estava agendado há cerca de duas semanas e não tem relação direta com o quadro da doença degenerativa. O procedimento já acabou e Villas Bôas passa bem.
Em vídeo publicado pelo Exército em março de 2017, o comandante afirmou estar fazendo um tratamento para “doença neuromotor de caráter degenerativo”, sem especificar qual seria. Ele disse que a doença lhe trouxe algumas limitações, como dificuldade para caminhar e dificuldade respiratória.
“Isso me tira um pouco da mobilidade para percorrer as unidades, assistir e acompanhar operações, participar de determinadas cerimônias, por exemplo, mas estou em pleno desempenho da função”, falou.
No último ano, o comandante tem participado de solenidades do governo federal, como no Palácio do Planalto, em cadeira de rodas auxiliado por assessores ou membros de sua família. Em eventos recentes, a imprensa vinha sendo avisada de que o comandante não faria declarações.
Segundo apurou o UOL, atualmente o Exército encontra-se dividido em relação à permanência de Villas Bôas à frente da arma. Para ala da Força, a condição física do general não condiz com a imagem esperada de um general de tropas, como vigor. Para outra ala, porém, a experiência de Villas Bôas e o fato de sua doença não atingir a parte cognitiva, não há motivo para uma substituição. O presidente Michel Temer (MDB) é próximo de Villas Bôas e sempre o cumprimenta com deferência ao encontrá-lo em eventos oficiais.
Villas Bôas é natural de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, e tem 66 anos.
Polêmica sobre "impunidade"
Há cerca de três semanas, na véspera do julgamento que permitiu a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Villas Bôas causou polêmica ao dizer em uma rede social que o Exército não aceitava "impunidade".
Ao lado de Temer, em 19 de abril, data em que se comemora o Dia do Exército, o comandante criticou a "banalização da corrupção", entre outros malfeitos, e exaltou a realização de eleições.
"Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano, à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado, e à ideologização dos problemas nacionais", afirmou mensagem assinada por ele, conhecida como Ordem do Dia, e lida por um auxiliar.
"São essas as reais ameaças à nossa democracia e contra as quais precisamos nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade. O momento requer equilíbrio, conciliação, respeito, ponderação e muito trabalho", escreveu. (*Colaborou Luis Kawaguti, do Rio)
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