Candidaturas impugnadas gastaram R$ 36,3 milhões em campanha eleitoral
Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (12) aponta que as 1.200 candidaturas impugnadas nas eleições deste ano gastaram juntas R$ 36,3 milhões do fundo eleitoral público e de doações oficiais feitas pelos partidos. Entre esses candidatos, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que declarou ter utilizado R$ 19,7 milhões. Os dados foram apresentados pela ONG Movimento Transparência Partidária, que desenvolveu uma plataforma para cruzar e analisar dados de prestações de contas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As prestações de contas entregues à Justiça mostram que os candidatos impedidos receberam, mas não gastaram, outros R$ 2,4 milhões. Ou seja, os impugnados somam R$ 38,4 milhões entre gastos e receitas.
Em julho, antes do período eleitoral iniciar, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que pediria o ressarcimento de verba pública utilizada nas campanhas impugnadas.
Já em setembro, quando a campanha de Lula foi barrada pelo TSE, a procuradora reforçou que pediria a restituição dos valores públicos direcionados à campanha do petista, antes de Fernando Haddad (PT) assumir a cabeça da chapa.
Nesta segunda-feira (12), a PGR (Procuradoria-Geral da República) foi procurada pelo UOL, mas até a publicação desta matéria não havia informado se foi feito o pedido de ressarcimento dos valores da campanha de Lula ou de algum outro candidato.
A campanha de Lula informou que não sabe de nenhum pedido da PGR e declarou que todas as prestações de contas foram feitas "rigorosamente de acordo com a lei". A assessoria de imprensa informou que não irá se manifestar sobre a possibilidade de a PGR solicitar o pedido de devolução.
De acordo com a ONG, os principais gastos das candidaturas impugnadas foram para produção de peças e programas de TV, R$ 18,4 milhões. Em seguida, publicidade com material impresso R$ 8,5 milhões e R$ 5,6 milhões em despesas com pessoal.
A Transparência Partidária também lançou nesta segunda-feira (12) uma plataforma que agrega informações do TSE sobre as prestações de contas. "A Justiça eleitoral não tinha, por exemplo, uma ferramenta para agregar todas as informações sobre os principais gastos de campanha por exemplo", diz o diretor da ONG, Marcelo Issa.
O programa, no entanto, estará disponível para consulta pública nos próximos 15 dias, quando o layout for concluído, segundo informou Issa.
*Com informações Estadão Conteúdo
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