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Bolsonaro afirma que nova cirurgia pode ser feita em 20 de janeiro

Bolsonaro participou de cerimônia do aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, no Rio - Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Bolsonaro participou de cerimônia do aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, no Rio Imagem: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Hanrrikson Andrade

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/11/2018 11h43

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (24) que, se "estiver em condições", passará por cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia em 20 de janeiro de 2019, quase três semanas após tomar posse. Ele declarou que irá ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, um dia antes a fim de realizar exames.

Inicialmente, o planejado era que ele fosse operado ainda este ano --a data prevista era 12 de dezembro--, mas o procedimento acabou adiado devido a uma inflamação no intestino após exames nesta sexta (23).

"Fiz uma nova avaliação. A decisão da equipe médica foi marcar [exames] para o dia 19 de janeiro e comparecer novamente lá em São Paulo. Se estiver em condições, tendo em vista o grave caso de infecção ainda, eu opero dia 20. Caso contrário, será adiado", declarou.

Bolsonaro participou neste sábado de uma solenidade militar no Rio de Janeiro, onde chegou a desfilar. Questionado se o comparecimento ao evento em um dia de forte calor na capital fluminense poderia trazer algum prejuízo ao processo de recuperação, o presidente eleito minimizou.

"Não tem problema. O que eu não posso é me submeter a um esforço prolongado. Reconheço que até desobedeci um pouquinho a recomendação médica. Afinal de contas, essa vibração aqui é muito bem-vinda e ajuda muito na minha recuperação", falou.

O presidente eleito sofreu um atentado a faca em 6 de setembro durante ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele passou por duas cirurgias de emergência e, desde então, tem de usar uma bolsa de colostomia.

No próximo procedimento cirúrgico, o abdome de Bolsonaro será aberto novamente para que as alças do intestino grosso sejam unidas e, com isso, o trânsito intestinal volte ao normal. Assim, o paciente deixará de usar a bolsa coletora de fezes.

O peritônio reveste todos os órgãos dentro do abdome e deixa passar, através de seus pequenos furos, as toxinas e a água em excesso no organismo. A colostomia é a exteriorização no abdome de uma porção do intestino grosso e tem por finalidade garantir um novo trajeto para eliminação das fezes.