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Bolsonaro diz que general será surpresa positiva na articulação política

General-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, anunciado por Bolsonaro para assumir Secretaria de Governo - Mateus Bonomi/AGIF
General-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, anunciado por Bolsonaro para assumir Secretaria de Governo Imagem: Mateus Bonomi/AGIF

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

27/11/2018 18h37

Em entrevista a jornalistas na tarde desta terça-feira (27), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que a articulação política do seu governo, que tem como principal função a relação com o Congresso Nacional, será feita de forma compartilhada.

Bolsonaro citou o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, como o "comandante" da área, mas disse que o chefe da sua Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, também terá atribuições na área.

O protagonismo na articulação com o Congresso se tornou dúvida após Santos Cruz ser confirmado no ministério, pois auxiliares próximos de Bolsonaro haviam afirmado que a Secretaria de Governo ficaria subordinada à Casa Civil. Atualmente, cabe à Secretaria de Governo a interlocução com os parlamentares.

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Indagado, Bolsonaro confirmou que a função será compartilhada. "Compartilhada, você [repórter] tem razão, o Onyx Lorenzoni vai ser o comandante nessa área, o Santos Cruz também vai ter responsabilidade nessa área", disse.

"Nós estamos num time, todo mundo tem que jogar a bola pra frente, e ali na Presidência nós temos o GSI [Gabinete de Segurança Institucional] do general [Augusto] Heleno, temos ali o [Gustavo] Bebianno [da Secretaria-Geral da Presidência], o Onyx e o Santos Cruz", afirmou Bolsonaro.

O presidente eleito disse que o general Santos Cruz poderá surpreender positivamente no relacionamento com os parlamentares.

"O Santos Cruz, diferentemente do que muitos pensam, ele é uma pessoa que fala mais de um idioma, tem uma vivência de fora do Brasil muito grande, é um ex-combatente também, é uma pessoa que vocês vão se surpreender no trato para com parlamentares", disse.