Chefe da PF diz que inquérito sobre ataque a Bolsonaro está quase concluído
O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, afirmou nesta sexta-feira (21) que a investigação sobre o possível envolvimento de mais pessoas no ataque a faca sofrido em setembro pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) está próxima de ser concluída.
Galloro afirmou que a Polícia Federal está apurando todas as possíveis linhas de investigação para que não reste dúvida quando o inquérito for fechado.
"Nós não podemos terminar esse inquérito deixando dúvidas", disse. "Essa é a nossa missão. E a investigação está caminhando pro final", afirmou Galloro, em conversa com jornalistas após evento no Ministério da Segurança Pública, em Brasília.
"Nós temos uma responsabilidade social nesse inquérito muito grande", afirmou o diretor da Polícia Federal.
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Adelio Bispo de Oliveira, autor da facada contra Bolsonaro.
A operação foi realizada no inquérito que apura se mais pessoas participaram do ataque a Bolsonaro, ainda que de forma indireta.
A ação desta sexta-feira busca identificar quem paga a defesa de Adelio. Em setembro, o advogado afirmou que estava sendo pago por uma pessoa que quis ajudar Adelio por "filantropia" mas não revelou a identidade do benfeitor. A polícia investiga se a defesa está sendo financiada por organização criminosa ou partido político.
Entidades da advocacia criticaram a operação, afirmando que ela viola direitos dos advogados. O advogado Oliveira Júnior foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
Em setembro, Adelio foi indiciado pela Polícia Federal pelo ataque a Bolsonaro. O inquérito concluiu que, no momento do ataque, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG), o agressor agiu sozinho.
À época do indiciamento, a PF abriu uma segunda investigação para apurar se houve o envolvimento de mais alguma pessoa no crime.
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