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Michelle Bolsonaro procura ministros para oferecer projeto para deficientes

Felipe Pereira

Do UOL, em Brasília

02/01/2019 17h21Atualizada em 05/01/2019 18h11

Michelle Bolsonaro quer mais do que um pronunciamento em Libras durante a cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ministro da Cidadania, Osmar Terra, revelou que foi procurado pela primeira-dama com o pedido para que ela possa desenvolver um trabalho para deficientes.

"Quem vai dar este suporte a ela é a gente [Ministério da Cidadania] e a ministra Damares [Alves], de Direitos Humanos. Já combinamos de colaborar. É um trabalho voluntário dela, não tem orçamento", explicou o recém-empossado Osmar Terra.

Ele afirmou que a dinâmica do trabalho será Michelle criando demandas referentes a questões sociais, principalmente em relação a pessoas com deficiência. Os dois ministérios vão executar as medidas.

O trabalho da primeira-dama significará colocar em prática um compromisso assumido no discurso em Libras feito na posse na última terça-feira. 

"Gostaria de modo muito especial de dirigir-me à comunidade surda, às pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos: vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados. Tenho esse chamado no meu coração e desejo contribuir na promoção do ser humano", declarou Michele Bolsonaro.

Primeira-dama discursa em Libras - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O ministro Osmar Terra lembrou que ela tem um histórico de trabalho com surdos. A primeira-dama integra o ministério de Surdos e Mudos da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, no Rio. Durante os cultos que acontecem aos domingos, ela atua como intérprete de Libras.

"Ela está recebendo demanda das pessoas com necessidades especiais, principalmente de famílias pobres", contou o ministro.

Com a procura, Michele decidiu ampliar o trabalho e incluir pessoas com outras deficiências no trabalho. Ela já conversou sobre o assunto com o Ministério da Cidadania, que se comprometeu a ajudar. Não há previsão para que ela se tornar embaixadora de algum programa, como ocorreu com Marcela Temer, mas atuar por causas sociais é um desejo da nova primeira-dama.