"Vamos ter trabalho para contê-lo", diz ministro do GSI sobre Bolsonaro
O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, disse nesta quinta-feira (3) acreditar que terá "trabalho" para conter o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em meio a multidões e em viagens ao decorrer do tempo na Presidência.
A declaração foi dada ao comentar o endurecimento da segurança na posse presidencial na última terça (1º) devido a informações coletadas pelo GSI sobre possíveis tentativas de atentados contra Bolsonaro e se o presidente terá contato com a população. Em setembro deste ano, durante ato na campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu um atentado a faca nas ruas da cidade mineira de Juiz de Fora.
General Heleno afirmou que, na posse, houve uma preocupação para que o presidente não se misturasse com a multidão e ninguém não autorizado se aproximasse dele, por exemplo. No entanto, negou que haverá um reforço na segurança presidencial.
"No dia a dia, naturalmente, isso [protocolo de segurança] vai acontecer nos padrões normais até porque nós aqui, na segurança presidencial, nunca tivemos incidente grave com presidente. [...] Eu sempre digo: ele tem um sentimento muito grande de quando pode e quando não pode. Um dia o sentimento falhou. Claro que isso sempre leva a uma postura mais cuidadosa, mas, eu acredito que, o tempo passando, nós vamos ter trabalho para contê-lo. É da personalidade dele ter contato com a população", afirmou o ministro.
No início da tarde, Bolsonaro visitou as instalações da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI, situadas próximo ao Palácio do Planalto. É no local onde fica o centro de operações da segurança presidencial com escritórios, armamentos, simulador de tiros e depósitos. Toda a estrutura operacional das viagens do presidente é programada pela secretaria. Ao lado, funciona a Coordenação Geral de Transportes da Presidência com garagens e equipamentos para a manutenção de veículos.
Bolsonaro chegou à secretaria acompanhado de Heleno e auxiliares e, então, seguiu para cumprimentar servidores da pasta em um auditório. Segundo um assessor da Presidência, a ida foi "um gesto de saudação". Após os cumprimentos, seguiu para um tour das instalações, como a explicação de como funciona o comboio presidencial.
De acordo com o ministro Augusto Heleno, Bolsonaro não manifestou preocupação com a forma com que a segurança pessoal dele é feita por estar "acostumado com o risco".
Base no Rio e segurança da família
A fim de auxiliar a segurança de Bolsonaro no Rio de Janeiro, onde mantém residência, o GSI abrirá um escritório-base na cidade. O ministro informou que o local está em fase de ser mobiliado. O de São Paulo, por sua vez, será fechado.
Heleno informou ainda que a segurança dos três filhos parlamentares de Bolsonaro --o deputado estadual e senador eleito Flávio, o vereador do Rio Carlos e o deputado federal Eduardo-- ficará a cargo das respectivas Casas legislativas.
A proteção dos outros familiares do presidente e também do vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), será responsabilidade do GSI.
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