Carro com deputada do RJ é interceptado e atingido por tiro de fuzil
O carro em que estava a deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil Martha Rocha (PDT-RJ) foi alvo de tiros, por volta das 9h deste domingo (13) no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Estavam no carro a deputada e sua mãe, que não foram atingidas, e o motorista Geonisio Medeiros, que foi atingido na perna. Ele foi levado ao hospital estadual Getúlio Vargas, mas passa bem e já foi liberado.
Ao UOL, a Polícia Civil confirmou a ocorrência e disse que o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios. Ainda não há informações sobre as motivações do crime, que ocorreu na rua Belisário Pena. O trabalho de perícia já foi realizado no local.
O governador do Rio, Wilson Witzel, disse em nota que o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, irá concentrar "todos os esforços na elucidação desse crime, que atinge não somente a deputada Martha Rocha, mas todo o povo do Estado do Rio de Janeiro" (leia a íntegra abaixo).
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi disse acreditar que a ocorrência foi um atentado. "A polícia está investigando. A nossa suspeita é de atentado", disse em mensagem ao UOL.
Em nota, a Assembleia Legislativa do Rio disse que "considera extremamente grave o ataque" e "espera que o caso seja apurado com urgência para prisão e punição dos responsáveis".
Ataque no caminho para a igreja
Segundo a assessoria da parlamentar, Martha Rocha, que mora na Tijuca, também na zona norte, dirigiu-se à Penha para buscar a mãe para irem à igreja, localizada no mesmo bairro, como fazem costumeiramente aos domingos.
No percurso, foram fechados por um carro branco modelo Creta. O motorista da deputada conseguiu desviar, mas um indivíduo que usava capuz deixou o outro veículo portando um fuzil e atirou, também segundo a assessoria da deputada.
Essa é pelo menos a segunda ocorrência policial envolvendo políticos no Rio de Janeiro neste ano. No último dia 4, o carro em que estava o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), foi atingido por tiros. A prefeitura classificou a ação como um atentado.
Chefiou a Polícia Civil no Rio
Martha Rocha foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Rio, cargo que assumiu em 2011 e ocupou durante três anos.
Quando se lançou na política, em 2014, dizia não entender a segurança pública do estado como um "jogo político". "Temos que aprender que a segurança pública é uma política de Estado. Assim sendo, ela deve ter planejamento, protocolos estabelecidos, projetos, e não ficar ao bel prazer de quatro em quatro anos."
Leia nota do governador fluminense:
"Já determinei ao secretário da Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, que concentre todos os esforços na elucidação desse crime, que atinge não somente a deputada Martha Rocha, mas todo o povo do Estado do Rio de Janeiro.
No meu governo, atentados como este, praticados por bandidos que colocam em risco o direito de ir e vir dos cidadãos de bem, serão esclarecidos e punidos exemplarmente.
Esse lamentável episódio confirma mais uma vez a necessidade de que esses bandidos sejam tratados como terroristas, porque atuam desta maneira. A legislação brasileira tem que estar à altura da gravidade dos crimes, que mostram uma face do terrorismo e que estão sendo cometidos contra o nosso estado e o nosso país."
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