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Bolsonaro anuncia general como novo presidente do Incra

Do UOL, em São Paulo

09/02/2019 12h33

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou neste sábado (9) que o general de Exército Jesus Corrêa será o novo presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). O anúncio foi feito pela conta do Twitter do presidente, que está internado no hospital Hospital Israelita Albert Einstein, onde se recupera de uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia. O Incra é responsável pela execução da reforma agrária e pelo ordenamento fundiário nacional.

O militar assumirá o cargo que estava sendo ocupado interinamente por Francisco Nascimento desde que Leonardo Góes Silva foi exonerado do cargo, em dezembro do ano passado, a pedido. Em carta aos servidores, Góes disse que deixava o posto por "razões pessoais e para tornar possível o início de novos desafios profissionais". 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já havia anunciado que, apesar de ajudar na transição, Nascimento não seria efetivado no cargo. Desde a reforma ministerial promovida por Bolsonaro, o Incra passou ficar subordinado ao Ministério da Agricultura.

Nos primeiros dias do governo, Nascimento protagonizou um dos recuos do governo Bolsonaro. No dia 3 de janeiro, houve uma determinação de que servidores do Incra que paralisassem por tempo indeterminado de todos os processos de aquisição, desapropriação ou outra forma de obtenção de terras para o programa nacional de reforma agrária no país. A medida veio à tona no dia 8 de janeiro em reportagem da Folha de S. Paulo. Horas depois, Nascimento revogou os memorandos circulares do próprio órgão. 

Mais um militar no governo

General de Divisão, em 2014 Jesus Corrêa assumiu interinamente por um mês o Comando Militar do Nordeste (CMNE). Desde o ano passado ele servia como analista de estudos estratégicos na 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília, após ser nomeado pelo general Eduardo Villas-Bôas. Ele deveria exercer o cargo pelo período de dois anos. 

Corrêa reforça o quadro de militares que compõem o governo Bolsonaro. Segundo levantamento feito pelo Congresso em Foco, em janeiro o número de militares no governo Bolsonaro passava já dos 30. O presidente dedicou 54,8% dos dias do primeiro mês de mandato para ter agendas com militares, segundo dados divulgados pela assessoria da Presidência desde a posse até o dia 31. 

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O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.