"Chuva de verão", diz Bolsonaro após rusgas em público com Rodrigo Maia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje que as discussões em público com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não passaram de "chuva de verão" e mandou um abraço para o parlamentar.
"Para mim, isso foi uma chuva de verão. O sol está lindo e o Brasil está acima de nós. [...] Da minha parte não tem problema nenhum. Vamos em frente. [...] Página virada. Um abraço para o Rodrigo Maia. O Brasil está acima de tudo. Vamos em frente. Acontece. É uma chuva de verão. Outros problemas acontecerão com toda a certeza", declarou Bolsonaro.
Nos últimos dias, o presidente da República e o da Câmara travaram embates em público ao discordarem da maneira como a tramitação da reforma da Previdência está sendo feita. Ontem, Maia chegou a falar que Bolsonaro está "brincando de presidir o país". No final da tarde, para amenizar o tom, Bolsonaro disse ser preciso ter "couro duro".
Após a declaração de Bolsonaro, Maia disse que considera o assunto encerrado. Mais cedo, pela manhã, o presidente da Câmara se encontrou com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para tratarem do pacote anticrime elaborado pelo titular da pasta. Embora já no Congresso, a tramitação do pacote está parada e Maia havia sinalizado que não daria preferência a ele, apesar dos pedidos do governo federal.
Bolsonaro disse não saber ao certo o que conversaram, mas Moro teria relatado ter sido "saudável, amigável". "É assim a nossa vida. De vez em quando há uns percalços, mas não podemos esquecer o que representamos", complementou.
Hoje pela manhã, Bolsonaro participou de cerimônia em Brasília do aniversário da Justiça Militar da União e recebeu uma condecoração da Ordem do Mérito Judiciário Militar. Também estiveram presentes o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ministro da Justiça, Sergio Moro, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entre outras autoridades, como os comandantes das Forças Armadas.
Rodrigo Maia foi convidado a receber a medalha pelo terceiro ano consecutivo, mas não respondeu ao convite, segundo a assessoria do STM (Superior Tribunal Militar).
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