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Receita aciona PF após funcionários acessarem informações de Bolsonaro

Martin Bernetti/AFP
Imagem: Martin Bernetti/AFP

Alex Tajra

Do UOL, em São Paulo

05/04/2019 19h17Atualizada em 05/04/2019 20h09

A Receita Federal acionou a Polícia Federal (PF) e passou a investigar um acesso, por parte de funcionários do órgão, a informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de integrantes de sua família.

Em nota, a instituição afirmou que "abriu sindicância para apurar as circunstâncias em que esse acesso foi realizado".

"A sindicância concluiu que não havia motivação legal para o acesso e, por esta razão, a Receita notificou à Polícia Federal ao mesmo tempo em que iniciou procedimento correcional, visando apurar responsabilidade funcional dos envolvidos", diz o texto.

Segundo o jornal O Globo, um dos funcionários que acessou as informações é Odilon Ayub Alves , que trabalha em uma unidade da Receita de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Não se sabem as motivações de Alves.

De acordo com a publicação, Alves prestou depoimentos à Polícia Federal e foi liberado. O conteúdo do depoimento não foi divulgado pela PF.

Em fevereiro, outro episódio de acesso a informações fiscais de autoridades causou polêmica na Receita. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, teve dados acessados e vazados.

Na época, Bolsonaro telefonou para Gilmar e se disse "preocupado" com os vazamentos.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.