Mar está revolto, mas céu é de brigadeiro, diz Bolsonaro
Ao comemorar cem dias à frente da Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) declarou hoje que o "mar está revolto", em referência às crises que o país atravessa, mas disse ter "certeza que o céu é de brigadeiro".
A metáfora inspirada em uma expressão militar recorrente na Marinha abriu o discurso do presidente em solenidade realizada no Palácio do Planalto para apresentar as metas cumpridas neste começo de gestão. Durante o evento, o mandatário assinou 18 decretos que pretendem simplificar e desburocratizar a administração pública.
Bolsonaro aproveitou uma fala do porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, que havia destacado algumas das ações do Executivo desde que o presidente tomou posse, em 1º de janeiro. Rêgo Barros observou que, apesar dos avanços defendidos pelo governo, o mar ainda estaria "revolto".
Como já fizera em discursos anteriores, Bolsonaro afirmou que, de vez em quando, "pergunta a Deus o que fez" para estar hoje na condição de presidente do país.
"Eu peço a ele mais que sabedoria. Peço força, coragem, determinação para que bem possamos cumprir juntos essa missão com esse país maravilhoso chamado Brasil."
Ao abrir a solenidade, Rêgo Barros declarou que, em cem dias, o governo promoveu a "extinção de nada menos que 21 mil cargos e funções gratificadas" na administração pública, além da adoção de "regras mais rígidas para a contratação de servidores".
Também foram destacadas a implementação do 13º salário do Bolsa Família, a parceria com os Estados Unidos na operação da base de Alcântara e o encaminhamento ao Congresso da proposta de reforma da Previdência e do pacote anticrime e anticorrupção, entre outras ações.
Parte das 18 medidas anunciadas hoje pelo Executivo diz respeito a promessas de campanha de Bolsonaro na eleição do ano passado.
Uma delas é o pagamento do 13º salário para o Bolsa Família, benefício para famílias de baixa renda criado nos governos do PT. Também foi assinado projeto de lei complementar que propõe a autonomia do Banco Central.
Em janeiro, Bolsonaro lançou um documento que traçava 35 metas para os primeiros cem dias de gestão. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse hoje que os alvos elencados tinham o intuito de "forçar o governo" a atingi-los e observou que alguns pontos ainda dependem de tramitação específica, e não apenas da vontade do Executivo. Apesar disso, declarou que a percepção do Executivo é que houve 100% de êxito.
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