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Advogado de políticos famosos assume defesa de Collor após pedido de prisão

Kakay é conhecido por defender políticos famosos - Sergio Dutti - 14.set.2017 /UOL
Kakay é conhecido por defender políticos famosos Imagem: Sergio Dutti - 14.set.2017 /UOL

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

26/04/2019 14h38

Um dia após a PGR (Procuradoria-Geral da República) ter pedido a condenação do senador licenciado Fernando Collor (Pros-AL) a 22 anos de prisão e a perda de seu mandato, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, anunciou hoje que seu escritório assumiu a defesa do político.

Kakay é conhecido por defender políticos famosos. Em sua lista de clientes estão Romero Jucá (MDB), Roseana Sarney (MDB), José Sarney (MDB), Marconi Perillo (PSDB), Edison Lobão (MDB), Ciro Nogueira (PP). O advogado também defende o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, nos processos no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Collor é réu em ação penal no STF acusado de receber propina em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. A defesa do senador afirma que não há provas de que ele tenha praticado irregularidades.

PGR pede condenação de Collor a 22 anos de prisão

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Segundo a denúncia, Collor era responsável por indicações na diretoria da BR Distribuidora e teria recebido mais de R$ 50 milhões em propina relacionada a contratos da empresa, entre os anos de 2010 e 2014.

A Procuradoria pede a condenação do senador a 12 anos, 5 meses e 10 dias de prisão pelo crime de corrupção, e a 10 anos, 3 meses e 10 dias por lavagem de dinheiro. Além disso, Dodge quer o pagamento de multa e de uma indenização no valor de R$ 59,9 milhões como forma de reparar os danos provocados pelos crimes.

A manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) foi apresentada como alegações finais no processo. Esta é a última fase de manifestação das partes antes do julgamento, que deverá ser realizado pelos cinco ministros da 2ª Turma do Supremo.

A defesa de Collor ainda não apresentou suas alegações na ação. Depois que isso acontecer, o relator, ministro Edson Fachin deve elaborar um relatório do processo e encaminhar o caso para o ministro revisor, Celso de Mello. Somente depois que o revisor também analisar a ação é que o julgamento poderá ser marcado.

Collor está afastado do Senado desde o início deste mês. Ele se licenciou do exercício do mandato alegando motivos de saúde. Em sua vaga, assumiu a suplente Renilde Bulhões (Pros-AL).

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