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No Rio, Rodrigo Maia vira boneco inflável ao lado de 'pixuleco' de Lula

Pauline Almeida

Colaboração para o UOL, no Rio

26/05/2019 12h58Atualizada em 26/05/2019 14h51

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), ganhou um lugar de destaque na manifestação ocorrida no Rio de Janeiro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), neste domingo (26). Ao lado do boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, apelidado de 'pixuleco', foi colocado outro do parlamentar, segurando um saco de dinheiro.

No trio elétrico ao lado, gritos de "Fora Maia", alvo dos manifestantes junto com parlamentares de outros partidos do Centrão e esquerda, além do Movimento Brasil Livre (MBL).

Com a manifestação no Rio de Janeiro distribuída entre os postos 4 e 5, pautas diversas foram levadas às ruas. Um dos trios trazia um discurso que pedia uma intervenção militar provisória para dar mais poderes ao presidente. "Como vai limpar o Brasil sem intervenção?" disse ao UOL o aposentado Leonildo Timóteo.

Alguns manifestantes criticaram o aposentado e diziam que a pauta poderia trazer problemas ao governo.

Atos pró-governo ocorrem em vários estados

UOL Notícias

Falas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal foram alguns dos motivos que afastaram a presença do presidente Jair Bolsonaro no evento. Aliados apontaram que poderiam criar dificuldades para aprovação de projetos como a reforma da previdência e o pacote anticrime, que envolvem longa negociação.

Prestes a ser entrevistado pelo portal UOL, o deputado estadual Filippe Poubel (PSL) foi interpelado por manifestantes que orientavam que as falas no microfone se ativessem a quatro pontos escolhidos pelos organizadores: Previdência, medida provisória 870, pacote anticrime e CPI anti-toga --para não trazer problemas ao governo.

Questionado pela reportagem sobre possíveis atritos com o Congresso, ele descartou a possibilidade. "Não vejo que vá criar dificuldades. Pelo contrário, o Congresso tem que ouvir as vozes das ruas", defendeu, dizendo que ninguém aguenta mais o "toma lá da cá".

Lembrado de que o governo prometeu R$ 40 milhões em emendas até 2022 a cada deputado que votasse pela reforma da Previdência, ele argumentou que é uma negociação legítima porque as emendas revertem dinheiro aos municípios.

"As emendas acabam sendo voltadas para a população. Teve uma época que o 'toma lá da cá' que era feito através de cargos, ministérios."