No DF, empresário gasta R$ 120 e põe filha para levar faixa pró-Bolsonaro
O empresário Gleisson Braz não mediu esforços para levar ao ato pró-governo de hoje o seu recado: "Deixem o mito trabalhar". Indignado com o que entende ser um lobby por parte do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) contra as reformas do governo Jair Bolsonaro (PSL), o manifestante decidiu pagar R$ 120 por um cartaz com vários dizeres, do apoio à reforma da Previdência até a instalação da CPI da Lava Toga no Senado.
Como a faixa ficou muito grande, sua filha ajudava a carregá-la pela Esplanada dos Ministérios na manhã deste domingo.
O ato teve início na altura da Biblioteca Nacional e seguiu até o gramado em frente ao Congresso Nacional. Cálculo feito pela Secretaria de Segurança Pública do DF estima que 20 mil pessoas participaram. Já a coordenadora da ONM (Organização Nacional dos Movimentos), Lúcia Otoni, disse que ao menos 50 mil estiveram presentes.
Para Gleisson, a principal pauta dos atos pró-Bolsonaro é a luta pela reforma da Previdência, que, segundo ele, vai "mudar o país para a melhor". Inclusive, a proposta do governo elaborada pelo Ministério da Economia, se aprovada, garantiria o futuro de sua filha que ajudava a carregar a faixa no protesto, de acordo com o próprio.
"O STF e o Congresso precisam entender que nós elegemos o Bolsonaro e não queremos medidas contra o povo e a opinião pública", declarou. "É importantíssimo cada um fazer a sua parte. Infelizmente, o povo brasileiro ainda tem a cultura de preferir esperar em casa as coisas acontecerem", comentou quando questionado sobre a participação da filha.
Além das mensagens espontâneas e dos movimentos de direita, a manifestação também teve reivindicações de setores como os auditores fiscais da Receita. Algumas pessoas que disseram ter sido pagas exibiam faixas ao longo da Esplanada dos Ministérios com críticas ao Congresso pela tentativa de limitar os poderes dos auditores fiscais na investigação de crimes tributários.
O assunto acabou não prosperando na Câmara durante a votação da Medida Provisória da reestruturação ministerial e organização básica do governo Bolsonaro.
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