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Governo tem maioria para aprovar Eduardo embaixador, diz líder no Senado

30.mar.2019 - O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) - Pedro Ladeira - 28.mar.2019/Folhapress
30.mar.2019 - O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) Imagem: Pedro Ladeira - 28.mar.2019/Folhapress

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

16/07/2019 17h09

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), declarou hoje que, se confirmada a indicação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Eduardo Bolsonaro (PSL) será aprovado no Congresso como novo embaixador do Brasil em Washington (EUA).

Segundo o parlamentar, há maioria de votos no Senado, tanto na CRE (Comissão de Relações Exteriores) quanto no plenário. A indicação de Eduardo, que é deputado federal e filho do presidente, precisa do aval nas duas etapas.

"Não creio na rejeição. Quem acompanha e conhece os membros da comissão, sabe que hoje o governo tem maioria lá para aprovar a indicação do Eduardo. E no plenário também", disse o senador.

Bezerra Coelho disse que a maioria pró-governo já foi "testada" em situações anteriores, como a aprovação da medida provisória que reduziu o número de ministérios e organizou a estrutura básica do Executivo.

O líder evitou fazer uma avaliação pessoal da indicação e, questionado sobre qual seria a sua opinião, respondeu que se tratava de uma decisão do presidente. "Se ele decidir confirmar, o nome será aprovado."

O emedebista contou ter conversado hoje pela manhã com Bolsonaro e disse que o mandatário estaria "muito inclinado" a formalizar a indicação do filho para a vaga de embaixador.

Também disse não acreditar que isso atrapalharia o andamento da reforma da previdência no Senado --a proposição deve ser aprovada em segundo turno na Câmara na volta do recesso, em 6 de agosto, e encaminhada ao Senado logo em seguida.

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"São temas distintos", disse Bezerra.

Defesa de Flávio Bolsonaro

Além de validar a possível indicação de Eduardo, Bezerra Coelho saiu em defesa de outro filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Conhecido como "zero um", o primogênito do presidente é investigado pelo Ministério Público fluminense por transações bancárias atípicas mapeadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Hoje, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu os inquéritos que tramitam em todas as instâncias da Justiça baseadas em dados compartilhados por órgãos de controle, como o Coaf, sem prévia autorização judicial. A decisão beneficia diretamente Flávio Bolsonaro e paralisa a investigação do MP do Rio.

Para o líder do governo no Senado, Toffoli agiu de acordo com o "bom direito". "Ninguém pode estar chafurdando a vida alheia sem ter autorização judicial", comentou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.