Guedes se desculpa após ofender Brigitte Macron: "Não houve intenção"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou um comunicado pedindo desculpas após desrespeitar a primeira-dama francesa, Brigitte Macron.
"O Ministro Paulo Guedes pede desculpas pela brincadeira feita hoje em evento público em Fortaleza (CE), quando mencionou a primeira-dama francesa Brigitte Macron. A intenção do ministro foi ilustrar que questões relevantes e urgentes para país não têm o espaço que deveriam no debate público. Não houve qualquer intenção de proferir ofensas pessoais", diz o comunicado.
Durante seminário sobre economia e o Nordeste em Fortaleza, Guedes disse que a mulher do presidente Emmanuel Macron "é feia mesmo".
"Eu estou vendo progresso em várias frentes, mas nada disso... tudo isso é assim... a preocupação é se xingaram a [Michelle] Bachelet, xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. O Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira, o presidente devolveu. Falou que a mulher dela é feia, por isso que ele está falando isso. Tudo bem, é divertido. Não tem problema nenhum. É tudo normal e é tudo verdade. O presidente falou mesmo, e é verdade mesmo. A mulher é feia mesmo", disse Guedes entre risos, enquanto era aplaudido pela plateia.
No dia 24 de agosto, um usuário do Facebook postou a foto de Bolsonaro com a primeira-dama Michelle, de 37 anos. Na imagem, foi feita uma montagem com Macron e Brigitte, que tem 66 anos de idade. A postagem dizia: "entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?". O próprio presidente reagiu comentando "Não humilha, cara kkkkkk", ao internauta.
Depois da repercussão negativa, Bolsonaro apagou o comentário e afirmou que não ofendeu a primeira-dama francesa.
Internautas brasileiros foram às redes, condenando a atitude com a hashtag #DesculpaBrigitte. No dia 29, a primeira-dama agradeceu aos brasileiros.
"Apenas queria dizer (...), já que vejo que há câmeras, duas palavras para os brasileiros e as brasileiras, em português (...): 'Muito obrigada!' Muito, muito obrigada a todos que me apoiaram", declarou.
O comentário ofensivo de Bolsonaro ocorreu um dia depois de o governo da França dizer que o brasileiro mentiu ao assumir compromissos em defesa do ambiente durante a cúpula do G20, em junho, e que isso inviabiliza a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, concluído no mesmo mês.
Bolsonaro, então, rebateu Macron, acusando-o de tentar potencializar o ódio contra o Brasil.
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