Mourão diz que não estenderá período como presidente em exercício
O vice-presidente da República, Antônio Hamilton Mourão (PRTB), afirmou hoje não haver previsão de que seu período como presidente em exercício seja estendido. Ele disse ficar na função até amanhã, como previsto inicialmente.
"O presidente está melhorando e volta. Não tem nenhuma, vamos dizer assim, decisão nesse sentido. Até amanhã eu continuo", falou.
A expectativa é de que Jair Bolsonaro (PSL) retome o posto de presidente na sexta-feira (13), quando ainda estará internado no hospital. Ele se recupera de uma cirurgia para a retirada de uma hérnia incisional, realizada no domingo. A previsão de alta era de cinco dias.
Boletim médico divulgado nesta manhã diz que Bolsonaro está estável, mas teve a alimentação oral suspensa por decisão médica.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde o ataque a faca sofrido no ano passado, explicou a jornalistas que o quadro de Bolsonaro não aponta para uma piora e que, inclusive, já estava previsto a suspensão da alimentação via oral, porque é uma resposta natural do intestino.
De acordo com o médico, a sonda serve apenas para a retirada do ar do intestino. Além da sonda, o presidente tem feito exercícios físicos também para auxiliar na recuperação.
Questionado sobre a fala do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que acha difícil a Câmara dos Deputados aprovar novo imposto sobre transações financeiras, Mourão disse não saber se a proposta terá chance de passar, mas afirmou que o cenário não é preocupante.
"Não, não acho [preocupante]. Vamos olhar a coisa da seguinte forma: o governo tem uma proposta, o Senado tem outra, a Câmara tem outra. Isso tem que ser discutido. Tem estados e municípios. Vivemos no período da democracia, então tudo tem que ser discutido", disse.
O presidente em exercício também comentou a possibilidade de a equipe econômica liberar mais verbas melhorando a situação financeira de ministérios, que vêm sofrendo com contingenciamentos. Ele acredita que cerca de R$ 20 bilhões devem ser liberados até o final do ano.
"O Ministério da Economia é o dono do dinheiro, então acho que até o final do ano uns R$ 20 bilhões devem ser liberados", afirmou.
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