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Eduardo Bolsonaro se explica por "arminha" em frente a escultura pela paz

Eduardo Bolsonaro posa fazendo "arminha" em frente a escultura pela paz em NY - Reprodução/Instagram
Eduardo Bolsonaro posa fazendo "arminha" em frente a escultura pela paz em NY Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

27/09/2019 11h38Atualizada em 27/09/2019 17h06

Resumo da notícia

  • Eduardo foi criticado por foto em frente a monumento da ONU em Nova York
  • Monumento é um apelo à "Não-Violência", que Eduardo interpretou como pró-desarmamento
  • Ele é apoiado pelo pai, o presidente Bolsonaro, para ser embaixador do Brasil em Washington

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) gerou críticas no Instagram, por conta de uma foto postada frente a um monumento da ONU. Ele aparece na foto, publicada ontem, fazendo o gesto da "arminha" pelo qual sua família é conhecida, porém a escultura ao lado da qual ele posa é um símbolo pela paz.

Na primeira postagem, Eduardo legendou: "As operações de paz da ONU acertadamente usam armas. Mas na entrada do prédio da ONU em NY fica essa escultura desarmamentista. Como todo bom desarmamentista eis a máxima 'armas para mim, desarmamento para os outros'".

A escultura em questão é a "Não-Violência", uma arte feita de bronze por Carl Fredrik Reuterswärd, em que uma arma aparece retorcida. O sueco o fez inspirada no assassinato de John Lennon e a versão que está em Nova York é a original.

O post gerou diversas críticas de seguidores. Entre seus apoiadores, há quem cobre o desarmamento no Brasil. Houve quem notasse a disparidade das mensagens passadas pelo deputado e a dada pela ONU. E quem cobrasse pela montagem falsa atribuída à garota Greta Thunberg.

"Você É burro??? Olha a época que isso foi construído!!! Leia as notícias da época", disse uma pessoa. "Tem vergonha não?", reclamou outra. "[A escultura] tem sentido nas Nações Unidas - que é uma tentativa dos seres humanos de resolver conflitos pelo diálogo e política", explicou uma terceira.

Com a repercussão, Eduardo voltou a postar a imagem, agora em uma matéria da imprensa, se explicando - mas reforçando sua mensagem:

"A escultura desarmamentista na entrada da ONU serve para depreciar o papel fundamental das armas na garantia da segurança, das liberdades e da paz. Ignoram o uso defensivo das armas de fogo. O assassinato do John Lennon é o pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra - quem poderia ser contra essa escultura, ainda mais em tempos de politicamente correto? O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?", questionou ele.

"As mesmas armas que o povo venezuelano clama para poder sair das garras de um narcoditador mas não tem, porque em 2012 uma lei os desarmou, em que pese sua constituição ter o art. 350. Ou as armas das missões de PAZ da ONU? Seria uma maneira democrática de respeitar as opiniões divergentes da dos desarmamentistas. Ao menos que botem na entrada da ONU as mãos do assassino de John Lennon, pois o revólver não atirou sozinho", completou.