Em crise com PSL, Bolsonaro veta a porta-voz falar sobre troca de partido
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, foi questionado hoje se o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pretende trocar de partido, após fazer críticas públicas ao PSL. O representante do Planalto disse não ter sido autorizado pelo presidente da República a tratar deste tema.
"O presidente não me autorizou a fazer comentários específicos sobre este tema. Vos adianto que, se assim ele [Bolsonaro] achar adequado, no devido momento ele fará seus pronunciamentos", disse Otávio Rêgo Barros.
Posteriormente, outro jornalista resgatou o assunto e insistiu com as seguintes perguntas relacionadas à turbulência entre o presidente e o PSL: Bolsonaro tem intenção de deixar o partido? Tem outro partido em vista? Rompeu relações com o deputado Luciano Bivar [presidente da sigla]?
O porta-voz optou por não falar sobre o PSL: "Repetimos a resposta: sobre este assunto, eu não farei nenhum comentário. Posteriormente, o presidente se pronunciará se achar adequado. Está dentro do mesmo escopo. Não teço comentários sobre isso. Ele o fará, se assim o desejar".
Mais cedo, pela manhã, o presidente revelou novos sinais de insatisfação com o PSL ao aconselhar um de seus apoiadores a "esquecer" o partido, pois crê que o presidente da sigla Luciano Bivar (PE) esteja "queimado".
"Ó, cara, não divulga isso, não. O cara Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", disse Bolsonaro, referindo-se ao fato de que o apoiador se identificou como pré-candidato do PSL no Recife e pediu um vídeo de apoio.
As críticas de Bolsonaro ao PSL acontecem no mesmo dia em que o presidente recebeu o novo mandatário do PMDB, deputado federal Baleia Rossi, eleito anteontem, em convenção nacional, como sucessor de Romero Jucá, que comandava a sigla desde o licenciamento do ex-presidente Michel Temer (MDB) da função em 2016. Bolsonaro e o novo presidente do MDB se encontraram no início da tarde de hoje.
Hoje, Baleia Rossi foi questionado pela imprensa sobre um eventual espaço a Bolsonaro em seu partido. "Boa provocação", disse ele, aos risos. Após alguns segundos de silêncio, ele afirmou que "qualquer resposta vai ser polêmica".
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