Convenção do PSL acaba com acidente de trânsito e atrito entre deputados
Uma colisão entre dois carros levou a breve interrupção na entrevista que o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), concedia logo após a convenção nacional do partido, realizada hoje em Brasília. O acidente ocorreu no momento em que o parlamentar comentava a guerra declarada entre os grupos leais ao presidente Jair Bolsonaro e o comandante da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE).
Bem-humorado, o congressista ironizou o fato: "Tem que ver se é tudo PSL".
O racha interno na sigla foi escancarado durante a semana, quando deputados bolsonaristas se articularam na tentativa de derrubar o atual líder na Câmara, Delegado Waldir (GO). O alvo, no entanto, fez uma contraofensiva e conseguiu aglutinar apoio dos bivaristas, o grupo ligado a Luciano Bivar, para se manter no cargo. A crise resultou na suspensão das atividades partidárias de cinco parlamentares.
Umas delas foi Carla Zambelli (SP), que faz parte da ala fiel a Bolsonaro. Ao deixar o local da convenção na tarde de hoje, a deputada teve um pequeno desentendimento com Waldir, que minutos antes havia anunciado a suspensão do quinteto. Além de Carla, foram punidos: Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ), Alê Silva (MG) e Bibo Nunes (RS).
Questionada sobre a decisão da cúpula pesselista, a deputada respondeu que não havia sido informada. E emendou: "Eles estão mentindo para você ou para mim".
Como estava a poucos metros do líder, Carla foi em direção a ele e fez uma cobrança: "Você falou para a imprensa que eu fui suspensa?". "Não. Existe um pedido da sua suspensão", respondeu o parlamentar.
Carla ainda tentou retrucar, e Waldir, que estava prestes a entrar em seu carro para deixar o local, afirmou apenas que a decisão seria do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Pela manhã, a deputada Joice Hasselmann (SP), que ontem foi destituída da liderança do governo no Congresso, criticou o colega de bancada Eduardo Bolsonaro (SP) —oponente de Waldir na briga para derrubá-lo e tomar a liderança na Câmara. Para ela, o filho do presidente é "um menino e nem com a ajuda do pai conseguiu a maioria para estar líder do PSL".
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