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Bolsonaro diz que atos como no Chile estão 'um pouco descartados'

Isac Nóbrega - 3.out.2019/PR
Imagem: Isac Nóbrega - 3.out.2019/PR

Luciana Amaral*

Do UOL, em Riade (Arábia Saudita)

28/10/2019 15h43

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse hoje que atos em grande escala e violentos como os que têm ocorrido no Chile nas últimas semanas estão 'um pouco descartados" para acontecerem no Brasil.

"O meu governo não pode deixar de se antecipar aos problemas. Isso faz parte de qualquer país do mundo. Saber como setores da sociedade estão se comportando para você poder negociar com antecedência", afirmou.

"O que poderia acontecer é semelhante ao que acontece no Chile. Está um pouco descartado dessa forma, mas existe toda e qualquer preocupação. Devemos sempre nos preparar para o pior para poder reagir com serenidade e objetividade", completou.

O governo federal, junto ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), por exemplo, acompanha o desenrolar dos protestos no Chile motivados por insatisfações econômicas e políticas. A expectativa do Planalto é que o clima no país não chegue ao Brasil.

Bolsonaro também voltou a comentar o resultado das eleições na Argentina, vencidas pela chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, para a qual torcia contra. Mais cedo, havia falado que não cumprimentaria Fernández pela vitória.

"Não quero fazer mau juízo de forma precipitada. Espero que esteja equivocado daquilo que pensa", falou.

Questionado sobre como fará para melhorar a relação comercial entre Brasil e Argentina, com a possibilidade de mudanças no Mercosul, o presidente disse que "a bola está com eles" e que, "de nossa parte, continua tudo normal".

*A jornalista viajou a convite do governo da Arábia Saudita.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.