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Doria pede equilíbrio a Bolsonaro e diz que não se candidata à reeleição

23.set.2019 - Guilherme Rodrigues/Myphoto Press/Estadão Conteúdo
Imagem: 23.set.2019 - Guilherme Rodrigues/Myphoto Press/Estadão Conteúdo

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

30/10/2019 09h56Atualizada em 30/10/2019 13h14

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu hoje "equilíbrio" ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele criticou o comportamento do presidente em relação às eleições na Argentina e sugeriu intenção de se candidatar à Presidência em 2022 ao dizer que não pretende se candidatar à reeleição ao governo.

"É preciso equilíbrio", respondeu Doria ao ser questionado, em evento do jornal "O Estado de S. Paulo", sobre os conflitos protagonizados por Bolsonaro. "Precisamos de menos excessos, mais diálogo, mais equilíbrio. Espero que o governo possa exercer essa conduta. O brasileiro espera isso", afirmou durante o evento no parque Ibirapuera, na capital paulista.

Doria também pediu "equilíbrio" do presidente em relançar aos vizinhos da América Latina, especialmente a Argentina, que recentemente elegeu um presidente progressista. "Temos de respeitar nossos vizinhos, aqueles que elegeram de forma legítima seus governantes. Não posso desejar que você seja igual a mim; exigir que você pense como eu", disse o governador.

"Não se questiona as eleições na Argentina. Não devemos condenar ou esfriar nossas relações com a Argentina, mas manter as relações de diálogos. Somos importantes um ao outro. Você não precisa concordar, mas precisa conviver", concluiu.

Reeleição

Doria também afirmou ser contra a reeleição e que, por isso, não tentará permanecer no Palácio dos Bandeirantes em 2022. "Sou contra e não vou me candidatar à reeleição. A proposta foi feita no governo de Fernando Henrique, a quem respeito muito, mas eu não concordo."

"O Brasil não aguenta eleição a cada dois anos, chega. Vamos fazer a reforma política. Sugiro mandato de cinco anos sem reeleição e voto distrital misto."

Questionado se seu propósito é se candidatar à Presidência em 2022, Doria se esquivou. "O debate presidencial antecipado corrói o processo. Não é hora de discutir eleições presidenciais em 2022."

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no primeiro parágrafo deste texto, o partido do presidente Jair Bolsonaro é o PSL, e não o PSDB. A informação foi corrigida.