Partido de Bolsonaro repudia fala de Eduardo e cita "tentativa de golpe"
O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo, repudiou hoje as declarações do deputado federal sobre um "novo AI-5". Em nota assinada por Luciano Bivar, presidente da sigla, o PSL manifesta repúdio "a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro", sem citar o nome de Eduardo.
Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle, Eduardo Bolsonaro disse que é preciso ter uma "resposta" caso a esquerda radicalize, e essa resposta poderia vir por meio de "um novo AI-5". O fato teve ampla repercussão durante o dia e agora causou rejeição no próprio partido do deputado federal e do presidente. A família Bolsonaro e o PSL protagonizam um embate político há quase um mês.
O que foi o AI-5? Entenda o decreto que endureceu a ditadura militar.
Veja a nota do PSL na íntegra:
O Diretório Nacional do Partido Social Liberal, com veemência, repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários.
A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável.
O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório.
Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo.
O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais.
Em nosso partido, a democracia não é negociável.
Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro.
Executiva Nacional do PSL
Luciano Bivar
Presidente
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