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Secretário defende Guedes em fala sobre AI-5: "Democrata de primeiríssima”

Salim Mattar comparece ao Programa Pânico, na Rádio Jovem Pan - Reprodução
Salim Mattar comparece ao Programa Pânico, na Rádio Jovem Pan Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

28/11/2019 15h34

Resumo da notícia

  • Salim Mattar, defendeu o ministro da economia Paulo Guedes, de quem é subordinado direto
  • "O Ministro é um democrata de primeiríssima hora. Eu diria que ele é a maior autoridade liberal do Brasil”, disse.
  • Guedes havia dito: "Não se assuste se alguém pedir o AI-5" caso Lula chame o povo pra rua

Salim Mattar, Secretário Especial de Desestatizações do Governo Federal, foi o convidado de hoje do Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan. Ele defendeu o ministro da economia Paulo Guedes, de quem é subordinado direto, em sua fala polêmica sobre o AI-5.

"O liberal é um homem que defende o Estado de Direito. Tenho certeza absoluta que foi uma falha de interpretação. O Ministro é um democrata de primeiríssima hora. Eu diria que ele é a maior autoridade liberal do Brasil", disse.

Privatização dos Correios

Mattar ainda descreveu o ponto de vista da equipe econômica de Jair Bolsonaro sobre as necessidades de privatizações de algumas das 637 empresas estatais brasileiras para desinchar o Estado e gerar renda para os cofres públicos.

Entre os grandes focos da privatização, ele citou os Correios. "Atualmente, não existem mais cartas. E temos uma empresa com o monopólio de entrega de cartas no país. A sociedade mudou, estamos na era digital, as pessoas mandam email, o monopólio de entrega de cartas acabou. Então, os Correios são uma empresa de entregar pacote. Ou seja, uma transportadora, ela não é uma empresa de Segurança Nacional e não deveria existir. Não faz sentido de ser estatal", expôs.

Para ele, além dos serviços obsoletos, a ineficiência é um dos grandes problemas da empresa, já que os gastos com pessoal dos Correios são altos: "São mais de 100 mil funcionários. Uma empresa que, se fosse privada, teria metade disso. E nós que estamos pagando essa conta."

Joias da coroa

Embora tenha mantido posição firme a favor da desestatização, Mattar negou que os planos nesse sentido envolvam três empresas as quais chamou de "joias da coroa": Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Segundo ele, essas instituições possuem funções importantes na sociedade e no próprio governo. "Para não afrontar a sociedade, essas três não estão no nosso mandato de privatização. Elas vão continuar públicas pois têm um papel ainda a exercer. Quem sabe no futuro, em outro governo. A Caixa é muito importante nas políticas sociais. O Banco do Brasil já é uma empresa quase privada. E a Petrobrás está fazendo um excelente trabalho de revisão de portfólio. Então, elas estão sendo bem administradas. Talvez sejam privatizadas em um segundo momento, mas não no nosso governo", explicou.

Rusgas com Ciro Gomes

O Secretário aproveitou a entrevista para se defender das acusações de Ciro Gomes. O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais disse, também no Programa Pânico, que Mattar receberia isenções fiscais que beneficiariam a empresa de locações de automóveis que fundou.

"Às vezes as pessoas não têm uma assessoria que tenha certos cuidados. Ainda mais uma pessoa que pretende ser de projeção nacional. E que tem uma imagem que deveria cuidar. Ele não sabe o que é substituição tributária. Qualquer empresa no Brasil que compra produtos tem o imposto já recolhido na fonte. Não tem jeito de não pagar impostos", explicou. "Todo mundo que tem dois neurônios para cima, assim como a galinha, sabe que isso é uma inverdade. Acabou que ele se expôs com isso. Minha empresa tem reputação", encerrou.