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Ex-assessores de Flávio Bolsonaro são alvo de mandados

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz - Reprodução
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/12/2019 08h19Atualizada em 20/12/2019 12h07

O Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu na manhã de hoje 24 mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (RJ-sem partido). As ações acontecem na capital fluminense e em Resende, no sul do estado.

São alvo das medidas endereços do ex-assessor Fabrício Queiroz e familiares dele, além de parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mãe de Jair Renan.

A defesa de Queiroz classificou a medida como " absolutamente desnecessária".

Por meio de nota, o MP confirmou a operação, mas não forneceu detalhes porque as investigações correm sob sigilo.

As medidas foram pedidas na investigação que apura lavagem de dinheiro e peculato no âmbito do gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e atingem, segundo o jornal, ex-assessores que também tiveram sigilo fiscal e bancário quebrados pelo Tribunal de Justiça do Rio em abril.

Segundo O Globo, em Resende, são alvo parentes de Ana Cristina que foram lotados no gabinete de Flávio durante algum período de seus quatro mandatos na Alerj. São eles: José Procópio Valle, ex-sogro de Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro, além dos primos Francisco Diniz, Daniela Gomes, Juliana Vargas e os tios Guilherme dos Santos Hudson, Ana Maria Siqueira Hudson, Maria José de Siqueira e Silva e Marina Siqueira Diniz.

A investigação foi instaurada em julho, após um relatório do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) detectar uma movimentação financeira atípica de Queiroz num total de R$ 1,2 milhão.

Em nota, a defesa de Fabrício Queiroz diz que recebeu a informação sobre a medida de busca e apreensão "com tranquilidade e ao mesmo tempo surpresa, pois absolutamente desnecessária", já que ele sempre colaborou com as investigações e já apresentou os esclarecimentos sobre os fatos.

"Ademais, surpreende que mesmo o MP reconhecendo que o Juízo de Primeira instância seria incompetente para processar e julgar qualquer pedido relacionado ao ex-deputado o tenha feito e obtido a referida decisão, repita -se, de forma absolutamente desnecessária", acrescentou.