Bolsonaro trata ataque dos EUA a general do Irã como combate ao terrorismo
Resumo da notícia
- Em entrevista ao Brasil Urgente, Bolsonaro declarou que a posição do Brasil é de "se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo"
- O presidente disse ter recebido informações de que a "vida pregressa" do general Qasem Soleimani "era voltada, em grande parte, para o terrorismo"
- Bolsonaro também afirmou que o Brasil "não tem forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações"
- O presidente adiantou que terá uma reunião na segunda-feira (6) para tratar sobre uma possível alta no preço do petróleo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tratou o ataque dos EUA que matou um dos principais nomes das Forças Armadas do Irã, o major-general Qasem Soleimani, como uma ação de combate ao terrorismo. As declarações de Bolsonaro foram dadas nesta sexta-feira (3) em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, no programa "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes.
"A nossa posição é se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos o que, em grande parte, o Irã representa para os seus vizinhos e para o mundo", disse o presidente depois de ser perguntado sobre qual era a posição do Brasil sobre o ataque.
Bolsonaro afirmou inclusive ter recebido informações de que Soleimani estaria envolvido no atentado terrorista à associação judaica Amia, em Buenos Aires, que deixou 85 mortos em 1994.
"A vida pregressa dele [Soleimani] era voltada, em grande parte, para o terrorismo. E nós, aqui no Brasil, a nossa posição é bem simples: tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, nós faremos", disse.
Questionado por Datena se era favorável ao ataque como "medida preventiva", Bolsonaro se limitou a reiterar que o governo brasileiro enxerga a ação dos EUA como uma medida de combate ao terrorismo.
"Nós somos favoráveis a qualquer medida que combata o terrorismo no mundo. É isso que eu posso te passar", respondeu o presidente.
Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que o Brasil "não tem forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações" a respeito do ataque dos EUA.
"Tenho que tomar cuidado com as palavras. Eu, como chefe de Estado, o que porventura falar para você, Datena, pode até ser manchete no dia seguinte. Nós queremos paz, mas uma velha máxima no meio militar diz que quem quer paz tem que se preparar para a guerra", comentou.
Bolsonaro afirmou que o Brasil "abriu mão" de explorar a questão nuclear e repetiu, ao longo da entrevista, que manterá a cautela ao tratar do assunto.
"A nossa linha é pacífica porque, afinal de contas, não temos forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações", disse.
O presidente também adiantou que terá uma reunião na próxima segunda-feira, dia 6, para tratar sobre uma possível alta no preço do petróleo. O petróleo Brent, valor de referência internacional, fechou em alta de 3,6%, a US$ 68,60 por barril.
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