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Janaina Paschoal endossa nome de Regina Duarte para Secretaria da Cultura

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) participa de debate na Câmara dos Deputados, em Brasília - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) participa de debate na Câmara dos Deputados, em Brasília Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

17/01/2020 19h01Atualizada em 17/01/2020 22h41

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) endossou a indicação da atriz Regina Duarte para substituir Roberto Alvim na Secretaria Especial da Cultura. Alvim foi exonerado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) depois de parafrasear Joseph Goebbels, ministro de Hitler, em vídeo publicado ontem.

"Aceita, Regina! Quem melhor do que você, mulher?", escreveu Janaina em seu perfil no Twitter.

Mais tarde, a deputada voltou a tuitar sobre o assunto. Desta vez, Janaina se limitou a publicar "#AceitaRegina", assunto que figurava entre os dez mais comentados do Twitter por volta das 21h30.

A informação de que a atriz fora convidada para assumir a pasta foi divulgada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, Regina prometeu responder ao convite até amanhã.

"Infeliz coincidência retórica"

Após a repercussão negativa, Roberto Alvim culpou sua assessoria pelo ocorrido e afirmou que o episódio foi uma "infeliz coincidência retórica" resultante de uma pesquisa no Google. Ele admitiu ter redigido 90% do pronunciamento, mas não se responsabilizou pelas frases copiadas de um dos textos do ministro da Alemanha nazista.

A ideia original, segundo o agora ex-secretário, era buscar discursos sobre o tema "nacionalismo em arte". "Qualquer pessoa com o mínimo de sanidade mental não pode ser cúmplice ou simpática a um regime que exterminou pessoas, um regime tão genocida quanto todos os regimes de esquerda ao longo do século 20", disse.

Exoneração de Alvim e reação de Bolsonaro

Em nota, o presidente Jair Bolsonaro definiu o pronunciamento de Alvim como infeliz e repudiou ideologias totalitárias. Segundo Bolsonaro, ainda que o ex-secretário tenha se desculpado, copiar falas de um ministro da Alemanha nazista tornou sua permanência na pasta insustentável.

Leia na íntegra o comunicado emitido pelo presidente:

"Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência.

Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas.

Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum."