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Presidente da Câmara culpa governo por ritmo de andamento de reformas

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante evento da revista Piauí em São Paulo - Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante evento da revista Piauí em São Paulo Imagem: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

João José Oliveira

Do UOL, em São Paulo

30/01/2020 11h04

Resumo da notícia

  • Rodrigo Maia disse que andamento da reforma administrativa está dependendo do governo "Estamos prontos para votar", disse presidente da Câmara
  • Maia diz que reformas administrativa e tributária podem ser votadas este ano independentemente de eleições

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, rebateu o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o andamento das reformas no Congresso. Segundo ele, o Legislativo está pronto para votar e tem condições de passar os textos das reformas administrativa e tributária este ano.

"Cronograma tem atrasos de envio por parte do governo, afirmou o deputado durante evento do CLP (Centro de Liderança Pública), em São Paulo.

Antes, no mesmo evento, o ministro Guedes havia dito que o ritmo das reformas estava sendo dado pelos políticos. "Aprendi a respeitar", afirmou Guedes.

Inicialmente, ambos deveriam ter dividido o mesmo painel no evento, mas Rodrigo Maia só subiu ao palco depois que Guedes foi embora.

Maia disse que o Congresso está pronto para votar os temas e descartou a tese de que as eleições podem atrasar os trabalhos.

"Eu não sou daqueles que acham que eleições atrapalham" disse. "Todo mundo está pronto para votar", afirmou.

Relação com governo

Rodrigo Maia disse que as relações com o governo melhoraram recentemente. "A relação hoje é mais positiva hoje. Temos dialogado com o presidente", disse.

Maia destacou que a responsabilidade de modernizar o Brasil não é exclusiva do executivo, mas também do legislativo.

"A reforma administrativa é minha prioridade também. Mas a prerrogativa é do executivo", disse Maia. "Não tenho como avançar na reforma administrativa sem o ponta pé inicial do governo", afirmou.

Maia afirmou que o papel dele é construir maiorias para aprovar os temas relevantes prioritários. "Quando chegar, vamos dar prioridade à reforma administrativa", disse.