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Cid Gomes deixa UTI de hospital após ser baleado durante manifestação no CE

Do UOL, em São Paulo

20/02/2020 09h29Atualizada em 20/02/2020 14h30

O senador Cid Gomes (PDT-CE), baleado ontem enquanto tentava forçar a entrada no quartel da PM (Polícia Militar) de Sobral com uma retroescavadeira, deixou na manhã de hoje a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Coração. No começo da tarde, ele foi transferido para outra unidade de saúde em Fortaleza.

Em boletim médico, o Hospital Coração informou que Cid Gomes deu entrada na unidade vítima de ferimento por arma de fogo no hemitórax esquerdo. "Após atendimento inicial, seu estado evoluiu sem intercorrência, mantendo-se estável e com padrão respiratório normal".

Diante do quadro, o hospital informou que o senador não necessitava mais dos cuidados de terapia intensiva e teve alta para a enfermaria.

Também na manhã de hoje, o Hospital do Coração postou um vídeo de Cid Gomes agradecendo à equipe médica pelos cuidados e sem citar o episódio.

"Depois de extraordinários cuidados médicos que salvaram a minha vida, quero agradecer a toda a equipe médica do Hospital do Coração de Sobral", disse. "Eu já saio daqui sem necessidade de cuidados intensivos, já posso ser transferido para um quarto".

Horas depois de deixar a UTI em Sobral, Cid Gomes chegou ao Hospital Monte Klinikum, na capital cearense. Lá, ele foi recebido pelo governador Camilo Santana (PT) e o prefeito Roberto Cláudio (PDT).

Entenda o caso

Cid tentou entrar no 3° Batalhão da Polícia Militar em Sobral (270 km de Fortaleza), onde policiais militares reivindicam aumento salarial e seus familiares, quando foi baleado. A região vive uma crise de segurança por causa da greve.

Antes do episódio, Camilo Santana, informou que pediu apoio das tropas federais ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e ao ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.

O governador definiu a situação como "grupos de mascarados praticando atos de vandalismo, prejudicando a segurança do estado". Moro anunciou o envio da Força Nacional na noite de ontem.