Temer diz que 'seria desastroso' Bolsonaro demitir Mandetta agora
O ex-presidente da república Michel Temer afirmou hoje em entrevista à Rádio Bandeirantes que a cogitada demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, "seria desastroso para o presidente Jair Bolsonaro".
Ontem, Bolsonaro teria decidido retirar Mandetta do comando da pasta em meio à pandemia do coronavírus. Após reunião com o presidente, o ministro afirmou que continuava no cargo.
"Eu sempre sinto que ao longo desse período o Bolsonaro começa a caminhar para a tese, a meu ver, correta, que é o isolamento e a preservação das atividades essenciais. Mandetta está fazendo um ótimo trabalho", complementou Temer.
Ele também contou que ligou para o atual presidente há alguns dias para falar sobre a crise. Segundo Temer, Bolsonaro ouviu suas sugestões e disse que as considerou como boas para serem tomadas. "Foi no sábado retrasado. Ele disse 'Oh, Temer, gostaria era de estar aí no seu lugar'. Falei que se ele me permitir, daria as sugestões. O presidente disse que eram ótimas sugestões e que iria levar adiante. Mas no dia seguinte ele foi lá em Ceilândia. Mas eu acho que o recuo, na democracia, é saudável".
Medidas para a economia
Temer avaliou que o momento do Brasil é de "economia de guerra", com comércios e alguns serviços fechados, apenas o funcionamento dos considerados essenciais.
"O que fazer com a economia? Em primeiro lugar, manter essas atividades essenciais que têm conteúdo com a própria saúde, como os hospitais, farmácias? Mas para a chamada economia mais ampla, especialmente a União, tem que destinar mais recursos. 'Mas vai aumentar as dívidas públicas?' Convenhamos, há dados momentos para fazer as coisas. Agora é combater o coronavírus", disse.
Apesar de incentivar o isolamento, o ex-presidente defendeu que a quarentena tem que ser reavaliada em um intervalo de 12 a 15 dias.
Sobre o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo que começa a ser pago na quinta-feira, Temer disse que não é suficiente para as pessoas, mas necessário. "Eu acho que melhor que nada, os 600. Não temos que confundir economia com saúde. Não são antagônicas. Elas se completam. Mas é preciso uma ponderação para examinar a situação. Salvar vidas. Vidas que, se preservadas, vão ajudar a recuperar a economia lá na frente."
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