Mandetta anuncia que AM terá hospital de campanha, 2º do governo federal
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou hoje (11) que Manaus (AM) terá o segundo hospital de campanha montado pelo governo federal. O anúncio foi feito durante vistoria nas obras da primeira unidade, em Águas Lindas de Goiás (GO). O ministro acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro, após visitar as estruturas, tirou a máscara e cumprimentou a população aglomerada, contrariando as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.
O estado do Amazonas tem dificuldades para lidar com a covid-19 e há relatos de colapso a rede de saúde. Segundo Mandetta, o hospital em Goiás é um piloto, porque é mais próximo de Brasília, o que permite enviar técnicos para acompanhar o desempenho. Essa unidade deve ficar pronta nas próximas semanas. O investimento em Goias é de R$ 10 milhões.
Em rápido pronunciamento à imprensa, Mandetta evitou analisar sobre a ação de Bolsonaro. Questionado sobre a postura do presidente, o ministro disse que só pode "orientar". Voltou a dizer que é preciso "ter calma, disciplina, foco e ciência".
Eu posso no máximo recomendar, não posso apontar o dedo. Eu não julgo ninguém, não sou juiz
Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde
Mandetta se incomodou com a aglomeração da imprensa ao seu redor e pediu que os jornalistas ficassem distantes e não aproximassem os microfones dele.
Bolsonaro em aglomeração
Durante visita às obras de um hospital de campanha, Jair Bolsonaro (sem partido) esteve acompanhado de dois políticos com quem tem trocado farpas, Mandetta e o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Apoiador desde o início do governo, Caiado disse no mês passado que rompeu relações com Bolsonaro.
O compromisso não estava na agenda oficial de Bolsonaro, que depois foi atualizada.
Além de Bolsonaro estavam na comitiva os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Braga Netto (Casa Civil) e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). O filho de Bolsonaro e vereador no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), esteve no evento. Desde o agravamento da crise, Carlos está em Brasília, aconselha o pai e participa de reuniões do governo, mesmo sem ter cargo na gestão.
A visita durou cerca de 45 minutos. Bolsonaro e a comitiva voltaram para Brasília em um helicóptero oficial sem falar com a imprensa. Mandetta não acompanhou o voo. Do lado de fora da área do hospital, um grupo de 50 pessoas se aglomeraram para ver o presidente. Sem máscaras, elas chamavam Caiado de traidor.
O hospital de campanha, instalado em uma área de 10 mil metros quadrados, terá 200 leitos se semi UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender pacientes de Goiás e do Distrito Federal.
*Com Estadão Conteúdo
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