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Lula diz ter ido a banco buscar informações sobre inventário de dona Marisa

Marisa Letícia morreu em fevereiro de 2017, vítima de um AVC hemorrágico. No velório, Lula associou a morte da mulher às investigações da Lava Jato - Presidência da República
Marisa Letícia morreu em fevereiro de 2017, vítima de um AVC hemorrágico. No velório, Lula associou a morte da mulher às investigações da Lava Jato Imagem: Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

15/04/2020 20h20

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter ido pessoalmente ao banco buscar informações sobre o inventário de Marisa Letícia, depois que um juiz da 1ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Bernardo do Campo (SP) afirmou que ela teria R$ 256 milhões em investimentos em certificados de depósito bancários (CDBs).

"Como não temos nada a esconder, fomos até o Bradesco buscar as informações. O próprio banco deveria ter desmentido. Vale tudo contra o Lula. O que eles não sabem é a minha capacidade de resistência. Quero morrer com a mesma dignidade que nasci e por isso que estou brigando tanto", escreveu ele, em seu perfil no Twitter.

Os advogados do inventário de Marisa Letícia Lula da Silva afirmaram hoje que ela tinha R$ 26 mil em investimentos em certificados de depósito bancários (CDBs) -- e não R$ 256 milhões, como afirmou o juiz.

De acordo com nota emitida pelos advogados, o magistrado confundiu o valor unitário de cada certificado com o valor unitário de debêntures de outra natureza, e acabou estimando um valor dez mil vezes maior que o real.

A notícia de que Marisa Letícia teria investimentos de R$ 256 milhões de reais foi amplamente compartilhada, inclusive por membros do governo Bolsonaro —dois filhos do presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro (respectivamente vereador no Rio de Janeiro e deputado federal) e Regina Duarte, secretária da Cultura.

Lula e a ex-primeira-dama começaram a namorar nos anos 1970. Dona Marisa morreu em fevereiro de 2017, vítima de um AVC hemorrágico.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado no penúltimo parágrafo, Regina Duarte é secretária e não ministra da Cultura. A informação foi corrigida.