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'Bolsonaro tem aquela vocação de ditador', diz Ciro Gomes

Ciro Gomes (PDT) também criticou o ex-ministro Sérgio Moro: "Ele não pensa no país, só no seu ego doentio" - Kleyton Amorim/UOL
Ciro Gomes (PDT) também criticou o ex-ministro Sérgio Moro: "Ele não pensa no país, só no seu ego doentio" Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/04/2020 11h41Atualizada em 29/04/2020 15h01

Ciro Gomes, vice-presidente do PDT, criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro na condução do combate a pandemia de coronavírus. Em entrevista à rádio Bandeirantes, Ciro disse que, por ter formação militar na década de 70, o presidente teria "alma autoritária". "Ele se formou militar, tem aquela vocação de ditador. Ele sempre vai ter problemas de viver com os controles."

Para ele, Bolsonaro apresenta outras características de uma pessoa autoritária. "E outra fase de ditador é a impotência. Quando ele diz aquela frase, é porque está impotente, não sabe o que se fazer. 'E aí? O que posso fazer?'. Parece descaso, mas revela o pânico da cabeça de um ditador", avaliou

Derrotado por Bolsonaro nas eleições de 2018, Ciro elogiou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. "Toda a PF é construída na base do mérito, tem mecanismos extremamente profissionais que não pode ser jogado na lata", disse ele.

A ação foi movida ontem pelo PDT, partido de Ciro, que protocolou um mandado de segurança no STF questionando a nomeação feita pelo presidente.

Sobre o antigo ministro da Justiça, Sergio Moro, Ciro Gomes fez críticas dizendo que o ex-juiz federal estaria pensando em uma candidatura à Presidência em 2022.

"Ele mesmo [Bolsonaro] criou esse monstro. Sérgio Moro não pensa no país, só no seu ego doentio, navegando na maionese de ser presidente da República. Bolsonaro fez esse saque, que abalou o capital político dele. Aquela conversa de 'nomear um meu ou um seu' é uma conversa de botequim. Estamos falando da Polícia Federal. Isso é uma conversa de dois despreparados, no meio de uma pandemia que matou 5 mil brasileiros", avaliou.