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Moro depõe neste sábado em inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

EVARISTO SA/AFP
Imagem: EVARISTO SA/AFP

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

01/05/2020 20h33Atualizada em 02/05/2020 09h08

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro depõe neste sábado (2) em Curitiba no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crimes por interferência na Polícia Federal.

A investigação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, que também quer investigar se o ex-juiz da Lava Jato cometeu crime de denunciação caluniosa.

O inquérito corre no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator é o ministro Celso de Mello, que deixa o cargo no fim do ano.

Em entrevista à revista Veja, Moro disse que considerou "intimidação" o fato de a Procuradoria-Geral da República o investigar por suposta denúncia falsa.

Aras foi indicado ao cargo pelo próprio Bolsonaro, numa ação em que o presidente deixou de escolher um nome da lista tríplice de candidatos eleitos internamente pelo Ministério Público Federal.

Em resposta, Aras disse que não admite ser manipulado ou intimidado.

A demissão de Moro foi o desfecho de uma crise que começou em 2019, quando Bolsonaro interveio na PF no Rio de Janeiro.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no primeiro parágrafo do texto, o inquérito apura se o presidente Jair Bolsonaro, e não ex-presidente, cometeu crimes por interferência na Polícia Federal. A informação foi corrigida.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.