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Crivella diz que só reabrirá Rio com queda da curva de casos e novos leitos

Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 12h25

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou hoje que só vai iniciar a reabertura econômica da cidade quando encontrar dois cenários.

O primeiro é a queda da curva de casos de coronavírus no município - de ontem para hoje, 197 pessoas receberam o diagnóstico de covid-19, totalizando 10.816 registros. Ao todo, foram constatados 1.279 óbitos.

O outro fator que deve acompanhar o declínio da curva é o crescimento de número de leitos de UTI disponíveis nos hospitais da cidade. "Acredito que em mais quatro, cinco ou seis dias, teremos 201 leitos de UTI e 180 de enfermaria no Ronaldo Gazolla. No Riocentro, teremos 100 de UTI e 400 de enfermaria", disse o prefeito ao citar os dois principais locais da cidade que estão atendendo infectados.

"Todos nos queremos voltar as atividades, não há um carioca que não queira. Mas precisamos voltar dentro de uma situação em que o nível de infecção esteja baixo, que não coloque em risco a vida de pessoas com comorbidades e idosos e que tenhamos leitos para atender as pessoas. Os recursos dos hospitais são finitos. O que interessa para nós é ter os leitos vazios, não é vantagem termos muitos leitos de UTI e enfermaria ocupados", disse.

"Queremos a taxa de infecção baixa e estamos fazendo os isolamentos sociais para que o foco seja atender estes doentes. Na medida em que as altas aumentam, as internações diminuem. Vamos ter toda a segurança para anunciar de voltar a abrir", completou.

"Presidente vê o Brasil, mas nós vemos o Rio"

Na coletiva, Crivella também explicou os motivos de não cumprir o decreto estabelecido pelo governo federal sobre novos serviços essenciais.

"O decreto já deixou no final explícito que governadores e prefeitos poderiam, de acordo com cada situação, tomar as decisões que achassem melhor. Ele não é interativo ou impositivo. Fala das atividades essenciais e sobre as excepcionalidades, que são os municípios e governos, que poderão mudar isso", disse.

"No Brasil, nem todos os municípios têm casos de coronavírus, a grande maioria não tem. Os mais difíceis são essas cidades onde tivemos muitas pessoas viajando para o exterior já no início do ano. O presidente tem que ver todo o Brasil, mas nós estamos vendo o Rio. Aqui, nossas preocupações são com as curvas que subiram, mas temos a vantagem de conseguir baixar a velocidade de contaminação sem fazer o lockdown".