Topo

Esse conteúdo é antigo

Joice Hasselmann denuncia no TCU gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

"Chega de FARRA com $$ público!", escreveu a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) no Twitter - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
"Chega de FARRA com $$ público!", escreveu a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) no Twitter Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/05/2020 16h30

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) protocolou hoje uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal de Contas da União (TCU).

Ela pediu a abertura de uma auditoria sobre os gastos sigilosos da Presidência da República com cartão corporativo.

"Acabei de protocolar denúncia no TCU com objetivo de apurar se houve irregularidades nas despesas com cartões corporativos da Presidência da República. Mesmo se tirarmos os gastos com os aviões, Bolsonaro gasta mais que Temer e Dilma. Chega de FARRA com $$ público!", escreveu a deputada no Twitter.

De acordo com informações divulgadas no Portal da Transparência, as despesas de Bolsonaro neste ano foram de R$ 3,76 milhões, o que representa um aumento de 98% em relação à média dos últimos cinco anos no mesmo período.

O presidente justifica os gastos elevados dizendo que a operação que resgatou brasileiros em Wuhan, na China, foi descontada do cartão corporativo. No entanto, mesmo abatendo o valor indicado por Bolsonaro — R$ 739.598,00 —, as despesas ainda apresentam uma alta de 59% em relação à média do que gastaram Dilma Rousseff e Michel Temer, seus antecessores no cargo.

"Portanto, fica evidente a necessidade de esclarecimento da forma de utilização do Cartão Corporativo para toda a sociedade, uma vez que medidas tomadas pelo Ministério da Defesa financiaram a mesma despesa que o Presidente da República afirma ter custeado com seu Cartão Corporativo", afirma Joice Hasselmann na denúncia enviada ao presidente do TCU, José Mucio Monteiro.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.