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Witzel pede reunião com Bolsonaro e explica críticas ao presidente

19.mai.2020 - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), na apresentação do novo secretário de Saúde, Fernando Ferri - Gilvan de Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
19.mai.2020 - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), na apresentação do novo secretário de Saúde, Fernando Ferri Imagem: Gilvan de Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/05/2020 17h04Atualizada em 21/05/2020 17h26

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), negou hoje que as críticas que tem feito ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto à condução do enfrentamento ao novo coronavírus sejam infundadas ou levianas. Segundo Witzel, suas declarações são meramente políticas, e não visam atingir a moral de "quem quer que seja".

"É importante deixar bem claro que todas as minhas críticas ao presidente têm fundamentos constitucionais, fundamentos legais. Muitas vezes são discussões sobre políticas públicas, como a questão da pandemia. Mas eu jamais faria qualquer acusação leviana, que venha a atingir a moral de quem quer que seja", garantiu o governador em entrevista à CNN Brasil.

Ele revelou, porém, que não se sentiu 100% contemplado com o projeto de socorro a estados e municípios discutido mais cedo entre Bolsonaro, governadores e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). Por isso, Witzel quer marcar uma reunião com o presidente para tratar apenas sobre a situação do Rio de Janeiro.

"A democracia funciona quando há diálogo", afirmou, "e o Rio de Janeiro não se sente totalmente contemplado com esse projeto. Não pedi a palavra, mas encaminhei um requerimento ao presidente para que possamos ter uma reunião específica sobre o Rio. Essa é a terceira reunião que peço ao presidente e espero que, como ele está disposto ao diálogo, possamos conversar", completou.

Investigações na Saúde

Quanto às suspeitas de fraude na área da saúde, Witzel disse que não é alvo de nenhuma investigação, uma vez que o que está sendo apurado pela Justiça "é a compra de respiradores por empresas que não tinham a capacidade de fazer a compra", além da participação do ex-subsecretário-executivo, Gabriell Neves, no processo.

"No momento das irregularidades, eu determinei a suspensão do contrato dele. Logo depois, o secretário [estadual de Saúde] Edmar [Santos] entendeu que era o caso de exonerá-lo. Foi realizada uma operação da Polícia Civil e do MP [Ministério Público do Rio] que resultou na prisão dele [Gabriell]. Ele está sendo interrogado, a polícia tem que fazer essa investigação", concluiu.