Guedes diz que governo 'colocou granada no bolso inimigo' na economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) "colocou a granada no bolso do inimigo" ao falar sobre os objetivos econômicos à frente da pasta.
As declarações foram feitas durante a reunião de ministros com o presidente no dia 22 de abril. O STF (Supremo Tribunal Federal) liberou a divulgação do vídeo da reunião. A publicidade da gravação foi pedida pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, como prova de que Bolsonaro teria tentado interferir politicamente na cúpula da Polícia Federal.
"Nós não vamos perder a bússola. Nós sabemos dos valores, sabemos dos princípios, sabemos o que estamos defendendo. Nós estamos defendendo liberdade: liberdade econômica, liberdade política. E estamos agora no meio dessa confusão, derrubando a última torre do inimigo. Que uma coisa é que nós vamos fazer a reconstrução e a nossa transformação econômica. A outra coisa são as torres do inimigo que a gente tinha que derrubar. Uma era o excesso de gasto na previdência. Derrubamos assim que entramos. A segunda torre eram os juros. Os juros estão descendo e vão descer mais ainda", disse Guedes.
"Para ter uma ideia, o ano passado pra esse ano, R$ 120 bilhões a menos de juros. Um Plano Marshall por ano", disse, antes de ser interrompido pelo general Braga Neto, ministro-chefe da Casa Civil. "Sem Marshall [no nome]", declarou Braga Neto, em tom de brincadeira.
Mais cedo na reunião, Braga Neto apresentou o chamado Pró-Brasil, plano para unir ações ministeriais para a recuperação econômica. A estratégia foi comparada ao Plano Marshall, apresentando pelos Estados Unidos para a reconstrução de aliados europeus após a Segunda Guerra Mundial, mas Paulo Guedes não gostou do paralelo.
Após a brincadeira do ministro-chefe da Casa Civil, Guedes continuou sua fala. "Né? Sem juros. De juros a menos. Então, nós sabemos e é nessa confusão toda, todo mundo está achando que estão distraídos, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário. Era a terceira torre que nós pedimos para derrubar. Nós vamos derrubar agora também. Isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final. Não tem jeito de fazer um impeachment se a gente tiver com as contas arrumadas, tudo em dia. Acabou. Não tem jeito."
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