MPF: 46% dos membros pedem que PGR seja escolhido por lista tríplice
Um manifesto assinado por 535 membros do MPF (Ministério Público Federal), divulgado hoje, defende que a Constituição determine que a escolha do Procurador-Geral da República seja feita com base na lista tríplice.
A quantidade de assinaturas representa cerca de 46% dos procuradores, procuradores regionais e subprocuradores; ou seja, quase metade do quadro técnico do MPF. O manifesto foi lançado um dia após o o PGR Augusto Aras pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão do inquérito das fake news.
No texto, os procuradores — alguns deles integrantes de forças-tarefa da Lava Jato — afirmam que a independência do cargo "é uma garantia fundamental".
A escolha de Aras para o cargo foi anunciada por Bolsonaro em setembro do ano passado. Foi a primeira vez desde 2001 que um presidente da República descartou os nomes apresentados pela lista tríplice eleita pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).
Fake news
O inquérito das fake news investiga alguns aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), alvos de operação policial na manhã de ontem. São eles: o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), a ativista Sara Winter, o empresário Luciano Hang e o blogueiro Allan dos Santos.
Bolsonaro questionou a ação, autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
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