Maia diz que Conselho de Ética na Câmara volta até primeira semana de julho
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que o Conselho de Ética na Câmara terá as atividades retomadas até a primeira semana de julho. Desde o final de março, a maioria das comissões no Congresso Nacional está paralisada para evitar aglomerações em Brasília em meio à pandemia do novo coronavírus.
"Ele (Conselho) vai voltar nas próximas semanas. No máximo, estourando, na primeira semana de julho. Até porque tem mandato de dois anos, pode trabalhar de forma remota", informou.
O pleito para se reativar o Conselho de Ética foi reforçado por uma ala de deputados insatisfeitos com declarações recentes do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que colocam a democracia no país em risco, avalia.
Em 28 de maio, Eduardo Bolsonaro foi alvo de mais uma representação protocolada no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Os partidos PSOL, Rede, PT, PDT, PCdoB e PSB acusam-no de disseminação de fake news, incitação ao ódio e ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Maia negou, porém, que as falas do filho do presidente motivaram a autorização para retorno do Conselho de Ética.
"Tem muitas questões que estão paradas no conselho (...). Não estou querendo voltar amanhã para tratar de casos específicos. A gente não pode tratar, quando decide voltar uma comissão, que é para fulano de tal. Nada disso", afirmou.
Maia falou que o conselho deverá trabalhar em dias e horários diferentes de sessões no plenário da Casa. As sessões plenárias ocorrem normalmente de terça a quinta à tarde e à noite.
Maia ainda foi questionado a respeito da proposta de alteração na Lei Antiterrorista, apresentado pelo deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que quer tipificar grupos antifascistas como organizações terroristas. Para o presidente da Câmara, o projeto é "completamente absurdo".
"Você acha que merece resposta? Um projeto completamente absurdo desse. Não merece nem resposta. Não vamos perder nosso tempo com coisas que não terão apoio da maioria da Câmara dos Deputados", declarou.
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