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Congresso deve retomar discussão da Reforma Tributária em julho, diz Maia

Do UOL, em São Paulo

01/06/2020 17h00

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que espera apenas por números mais favoráveis a respeito da pandemia do novo coronavírus para votar pautas alheias à saúde pública.

No UOL Entrevista de hoje, conduzido pelo colunista Tales Faria, Maia explicou que o calendário do Congresso Nacional deve começar a abrir mais espaço a outras pautas em julho. Principalmente, segundo ele, para a reforma tributária.

"Pós-pandemia, nós vamos trabalhar, combinar com o presidente do Senado. Nós precisamos voltar ao debate da reforma tributária", disse o deputado.

"As reuniões por videoconferência ganharam muito espaço com a pandemia e vão continuar tendo esse espaço, não só na política, mas na sociedade. E nós precisamos retomar esse debate da reforma tributária, da simplificação do sistema de impostos de bens e serviços — se for o caso, entrar no debate sobre a renda, outros tributos", acrescentou.

"Mas é importante que a gente possa, daqui a três, quatro semanas, retomar esse debate. Esperar o governo encaminhar a reforma administrativa, trabalhar matérias que a gente já vinha debatendo, autonomia do Banco Central, que é muito importante, a lei cambial."

"Mandetta poderia ajudar muito mais"

Por enquanto, as medidas de combate à pandemia do coronavírus são prioridade do Congresso. E Maia deixou bem clara sua postura elogiosa em relação ao trabalho feito pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também do DEM, demitido em abril pelo presidente Bolsonaro.

"Hoje eu vejo que ele está com muita vontade de continuar ajudando o enfrentamento da pandemia. O governo, conselho de ética, não sei por quê, deu uma quarentena para ele de seis meses que eu achei exagerada, achei errada. O Mandetta poderia ajudar muito mais — ele não tem informação confidencial", disse o deputado, que não vê motivação política no colega de partido.

"Acho que o Mandetta não está olhando 2022, não. Eu falo com ele toda semana, ele está muito mais preocupado em ajudar", assegurou.