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Espalhar poder de fogo significa aumentar homicídios, diz Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes em sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) - Fellipe Sampaio /SCO/STF
O ministro Gilmar Mendes em sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) Imagem: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 13h51Atualizada em 08/06/2020 16h55

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes escreveu no Twitter que espalhar violência e poder de fogo na sociedade civil equivale a abandonar o Estado Democrático de Direito e significa aumentar o número de homicídios.

O comentário do ministro faz referência a uma resposta concedida por ele próprio ao jornal O Estado de S. Paulo recentemente. Nela, Mendes mostra preocupação com a postura do governo ao ser questionado sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que era preciso armar a população.

"Não há como avançar no combate ao crime organizado abrindo mão da rastreabilidade das armas e munições. Espalhar a violência e o poder de fogo na sociedade civil equivale a abandonar o Estado Democrático de Direito. Significa aumentar o número de homicídios. Nada mais que isso", disse.

Jair Bolsonaro defende uma flexibilização em legislações para facilitar a posse e compra de arma para a sociedade civil. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada por ser peça de uma investigação por possível tentativa de interferência na Polícia Federal, o presidente fala em armar a população para reagir a ordens de governadores relativas ao isolamento social para contenção da pandemia do novo coronavírus.

Na entrevista ao jornal, Gilmar disse que é preciso discutir de forma aprofundada a questão e que, ampliar o uso para outros setores, pode fazer com que a discussão caminhe "para a margem da ilegalidade".

Confira a resposta completa na postagem:

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.