Prisão de Sara Winter: Justiça não falha, diz Frota; Zambelli vê exagero
Políticos de partidos aliados e de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro comentaram a prisão de Sara Winter hoje, pela Polícia Federal, em Brasília.
A ativista, principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado "300 do Brasil", foi presa no inquérito que apura as manifestações antidemocráticas. O pedido foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Há outros cinco mandados de prisão sendo cumpridos, mas a PF não informou a identidade dos alvos.
"A justiça tarda mas não falha", escreveu o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) ao comentar a prisão em seu perfil no Twitter, compartilhado uma foto da ativista com a frase "fora Bolsonaro" escrita no corpo.
Carla Zambeli, deputada federal pelo PSL-SP, questionou, em uma rede social, se "corria o risco de ser presa também". Ela comentou que pediu para Sara Winter "baixar a temperatura" dos protestos devido ao contexto atual, da pandemia. "Ela fez o contrário, aumentou a temperatura e tem uma personalidade explosiva, mas nem de longe é uma pessoa perigosa", escreveu a deputada.
O ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro condenou os protestos de Sara. "A liberdade de expressão protege opiniões, mas não ameaças e crimes. O debate público pode ser veemente, mas não criminoso", escreveu o ex-juiz nas redes sociais.
Joice Hasselmann, ex-aliada do governo Bolsonaro, também comentou a notícia pelas redes sociais.
Ivan Valente (PSOL-SP), deputado federal, afirmou que Sara "ameaça a democracia com atentados, especialmente o STF, e estimula uma verdadeira guerra no Brasil".
Deputados do PT criticaram a postura da ativista e também comentaram a prisão. "Hoje, chegou a vez da criminosa que agia ao arrepio da lei ofendendo a honra dos representantes dos poderes e incitava a subversão. Grande dia!", disse o deputado federal e vice-presidente nacional do PT, José Guimarães (PT-CE).
"Sara Winter, líder do movimento de extrema direita 300 é presa em Brasília. Os filhos do Bolsonaro se protegem atrás do mandato parlamentar e estimulam essas pessoas a atacarem o Supremo Tribunal Federal", disse o deputado Paulo Teixeira (PT).
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