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Major Olimpio: Nem Forças Armadas nem PMs participariam de um golpe

Do UOL, em São Paulo

18/06/2020 14h43Atualizada em 18/06/2020 18h00

Líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP) descartou hoje qualquer possibilidade de um golpe de Estado com participação das Forças Armadas ou das Polícias Militares. Em entrevista ao colunista Tales Faria, do UOL, ele disse que os militares não apoiam uma ruptura institucional e seria "totalmente impossível uma bravata dessa natureza".

"As Forças Armadas têm um papel definido. Converso com as Forças Armadas e posso assegurar: não há o menor risco de ruptura institucional", disse. "[O golpe] Pode ter apoio individual, mas os policiais militares, os que estão na ativa... Os PMs e bombeiros da ativa conhecem seu papel constitucional. Não tem a menor probabilidade de que possam se insurgir num golpe", completou.

Olimpio também se disse "escravo" da Constituição e afirmou que não cederia a um golpe de quem quer que fosse. "O presidente, os apoiadores, políticos, o Congresso, o Judiciário... Se tentar afrontar a Constituição, nós somos escravos e obedecemos à Constituição. 'Ai' daquele que achar que simplesmente pode gerar uma ruptura...", continuou.

Questionado, o senador minimizou a grande presença de militares no governo, inclusive da ativa. Segundo Olimpio, o fato de eles ocuparem esses cargos não significa que vão fazer qualquer espécie de mobilização contra a democracia, uma vez que "defendem com a própria vida o juramento que fizeram".

"Não conseguiriam nem arranjar um jipe, um cabo e um soldado para dar uma carona ao aeroporto", ironizou, fazendo referência a uma fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que bastaria um cabo e um soldado para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).

"Se [o militar] está na reserva, tem tempo para isso e tem a confiança do presidente, ele pode ir a qualquer investidura. Se vê nos militares qualidades que não foram vistas em figuras públicas nos últimos tempos", justificou.

*Texto de Anaís Motta, Emanuel Colombari e Luís Adorno. Produção de Diego Henrique de Carvalho