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Em prisão domiciliar, Queiroz aparece na varanda de apartamento no RJ

Fabrício Queiroz aparece na varanda em prisão domiciliar no Rio de Janeiro - Reprodução/GloboNews
Fabrício Queiroz aparece na varanda em prisão domiciliar no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/GloboNews

Do UOL, em São Paulo

13/07/2020 21h04

Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, foi visto hoje na varanda de sua casa na Taquara, Zona Oeste do Rio, onde cumpre prisão domiciliar desde sexta-feira. As imagens foram feitas pela GloboNews. De acordo com a emissora, três mulheres também apareceram na varanda.

Queiroz e a mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, tiveram a prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento em um suposto esquema de "rachadinha", quando servidores devolvem parte dos seus salários, no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o hoje senador pelo Republicanos era deputado estadual.

Com uma tornozeleira eletrônica, o policial militar deixou, na sexta passada, a cela de 6 m² no presídio de Bangu, onde permaneceu por três semanas, para ocupar um imóvel com 83 m² distribuídos em três quartos, uma suíte e varanda gourmet. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu o benefício na quinta-feira por causa do estado de saúde de Queiroz, que enfrenta um câncer.

Mesmo foragida e com prisão preventiva decretada pela Justiça, Márcia também foi beneficiada pela decisão. Segundo o STJ, a presença dela é recomendável para os cuidados com o ex-assessor. Ela se apresentou sexta à noite e depois foi para casa com o marido.

O casal responde pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução da justiça.
Segundo investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio), o caso ocorreu no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), entre abril de 2007 e dezembro de 2018.

Nesse período, Queiroz teria recebido mais de R$ 2 milhões em transferências bancárias. Ainda de acordo com a investigação, o caso envolveu ao menos 11 ex-assessores com grau de parentesco ou amizade com o policial militar aposentado. Todos os suspeitos negam as irregularidades.