Mourão: Exército na ativa precisa seguir sua missão e não aplaudir governo
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou hoje, em entrevista para a GloboNews, que os militares na ativa precisam seguir a sua "missão constitucional", em vez de prestar tanta atenção no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Para ele, o Executivo já deixou claro que há uma separação entre o governo e os militares, mesmo que Bolsonaro tenha se cercado de tantos generais, e disse também que não quer que a política entre para os quartéis.
"Nós do governo estamos deixando bem claro essa separação. Não queremos trazer as Forças efetivamente para dentro do governo, não queremos a política indo para dentro dos quartéis e a discussão de 'apoio o presidente ou sou contra o presidente', independente de ele ser um ex-militar", disse o vice-presidente.
Recentemente, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, antecipou sua entrada para a reserva remunerada. O ato atendeu aos anseios da caserna, incomodada com a presença de militares da ativa no governo Bolsonaro, em meio a crises com o Judiciário e o Legislativo.
"Eu quero que meus companheiros continuem com a visão da missão constitucional do Exército, e não ficar me aplaudindo, ou Bolsonaro ou Ramos. Isso fica para aquela conversa de final de tarde", acrescentou.
Mourão ainda analisou que é necessário "impedir que haja essa contaminação" política nos militares, o que "não será boa para as Forças Armadas", segundo sua avaliação.
Após ficar mais de 45 anos no Exército, Mourão disse que todas as pessoas fazem política desde cedo e que se relaciona bem com as diversas frentes do Congresso e dos Estados.
"Eu me relaciono bem com nossos diferentes atores do espectro político. Discordo da opinião de alguns, eles também discordam da minha. Mas quando a gente lida dessa forma, não precisando nos ofender mutualmente, acho que isso é a essência da política. E eu sempre digo, a gente pratica política desde cedo", disse.
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